Patrocinadora das equipes nacionais de vôlei adulto na Itália, a marca de água mineral Uliveto foi acusada de racismo, via redes sociais, neste fim de semana. O motivo é uma foto publicada em diversos jornais locais, como o "La Repubblica".
Na arte, que celebra a medalha de prata conquistada pelo time feminino no Campeonato Mundial do Japão, após derrota para a Sérvia, no último domingo, por 3 sets a 2, estariam "escondidas" as jogadoras Paola Egonu e Miriam Sylla, ambas negras.
Nascidas na Itália, Egonu e Sylla são, respectivamente, filhas de nigerianos e marfinenses. A primeira, aos 19 anos, foi a maior pontuadora do torneio, eleita a melhor oposto da competição e já é considerada uma das maiores promessas dos últimos tempos no esporte. Sylla, que se consolidou como titular da equipe pouco antes do Mundial, foi escalada para a seleção do torneio como uma das melhores ponteiras.
Após a hashtag #Uliveto passar o domingo entre os trending topics do Twitter, a patrocinadora se manifestou através de nota divulgada em suas redes: "A Uliveto acompanhou de forma entusiasmada a aventura de todos os nossos jogadores de vôlei, sem qualquer disntinção. Toda forma de discriminação nos é estranha e nosso apoio é demonstrado por várias fotos publicadas nas redes sociais. Portanto, nos posicionamos contra qualquer insinuação de postura diferenciada a atletas que têm o mesmo grande mérito: fazerem parte de uma equipe fantástica!"
Visualizar esta foto no Instagram.Uma publicação compartilhada por Acqua Uliveto (@acqua_uliveto) em 21 de Out, 2018 às 4:56 PDT
Após o posicionamento da marca, veio à tona a verdade sobre a foto: ela foi tirada antes do Mundial, durante uma partida contra o Brasil pela Liga das Nações, em junho deste ano, na cidade italiana de Eboli. Na ocasião, Sylla não estava entre as atletas alinhadas na imagem, pois estava contundida. As jogadoras "escondidas" pela garrafa são: Egonu e Serena Ortolani, também oposto e mulher do técnico da seleção, Davide Mazzanti.
Questionada sobre o uso desta foto especificamente, em vez de uma imagem registrada no Mundial do Japão, a empresa replicou: "O uso da foto é totalmente aleatório, uma vez que as imagens nos são cedidas pela Federação Italiana de Vôlei", argumentou o diretor de marketin Patrick Catalano, em entrevista ao "La Repubblica".
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Redação iBahia
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