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Pablo Ramos rechaça pouca experiência e descrédito da diretoria

Novo diretor de futebol do Bahia diz que no momento clube precisa de gestor de pessoas e afirma que direção tem credibilidade

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05/11/2014 às 10:45 • Atualizada em 01/09/2022 às 15:36 - há XX semanas
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Apresentado como novo diretor de futebol do Bahia, Pablo Ramos, antigo diretor de negócios, conversou com jornalistas sobre o desafio de administrar o ambiente do clube nesta reta final de Campeonato Brasileiro. No bate-papo, o dirigente destacou a "mística" tricolor e disse que pouca experiência no futebol não será problema no momento. Ele garante ter a "experiência necessária" para trabalhar no cargo nos próximos 30 dias. Ramos ainda comentou a possibilidade de candidatura nas eleições que acontecem em dezembro. Veja tudo o que o diretor de futebol falou na entrevista coletiva: Situação do time"São duas situações. A primeira, lógico que é reversível. Se você parar para analisar, temos 18 pontos em jogos. Não sei se cinco vitórias serão necessárias para a gente sair dessa situação. Não sei se são quatro, não sei se são seis. Temos 18 pontos a serem disputados e esses pontos nós temos apenas quatro pontos fora da zona de rebaixamento. O mais importante aquilo que acabei de falar com os jogadores. Não estou preocupado com o amanhã. Estou preocupado com o treino que eles estão fazendo agora. É mais importante a gente cumprir o nosso papel, existe um processo que a gente domina... Qual é esse processo? Acordar bem, se alimentar bem, treinar bem e com afinco diariamente, estudar bem o time adversário, entrar em campo e ganhar. A gente tem que tomar conta e por isso acredito, esse grupo é um grupo unido, é um grupo que se dedica. Por isso eu acredito, não só pelo grupo, mas pelo folclore do Bahia. O Bahia é um time que, sei que não estamos em uma indústria do esporte, e a indústria do esporte diz que o jogo só acaba quando o juiz apita. A nossa mística diz o seguinte, mais do que isso, o Bahia é um time que tem como seu valor agregado aos quase 85 anos é que só no final as coisas se decidem. Então, diariamente você treinando, dando toda a estrutura necessária para esse elenco, eu acredito que sim, dentro dessa cesta dos 18 pontos, podemos alcançar o número de pontos necessários para sair dessa situação".
Pouca experiência no futebol"A experiência necessária para esse momento, para os próximos 30 dias, é de um gestor de pessoas. Ao longo desses meus 12 anos de profissão e labuta diária, em diversas indústrias, eu tenho a experiência necessária para comandar, no primeiro momento. Segundo, organizar e ter a credibilidade necessária para unir todos juntos no mesmo foco. Isso ao longo dos últimos 60 dias, por uma série de motivos, a gente já estava envolvido com o futebol, iniciando algum relacionamento entre jogadores e a presidência do clube, então não vai nenhum tipo de seara nova. Os jogadores já me conhece e tenho a certeza que tenho a credibilidade necessária para conduzir o grupo nesse momento em que o objetivo de todos é deixar o Bahia na primeira divisão".
Lado psicológico dos jogadores"Se você para para analisar, a gente muitas vezes mecaniza muito o jogador de futebol. Esquece que o jogador de futebol é que nem a gente. Nós somos seres humanos, temos emoções. Então identificamos o seguinte: é necessário a gente entregar toda a estrutura para que o time possa se preparar bem para atingir os seus objetivos. Quais são essas estruturas? Um bom campo de futebol, salário em dia, psicólogo, alimentação... Então, nós estamos entregando para esse grupo tudo o que é necessário para que a gente dentro de campo consiga sair dessa situação".
Abraçar mística é pouco"Em nenhum momento eu só falei da mística. Na minha primeira fala eu apresentei para vocês que nós temos 18 pontos em jogo. Nós temos um processo, jogo a jogo, que vai definir qual o time que vai entrar, quem são seus adversários, quais são seus pontos fracos, quais são seus pontos fortes. Nós baseamos o treino da semana olhando e estudando o adversário. Então, o que a gente faz aqui dentro de campo é tudo científico. Lógico e evidente que nós não sabemos os mistérios da vida. O que a gente sabe é como fazer o melhor processo possível que a gente domina. Mas uma pitada de mística não vai fazer que a gente perca as esperanças. Muito pelo contrários. Eu faço a minha parte, os jogadores fazem a sua parte e a gente espera assim que, seja lá o que for, a mística da Bahia, os ares da Bahia, possa sim auxiliar. Nesse momento a gente olha para tudo o que pode ajudar e retira tudo que pode prejudicar".
Mudanças e descrédito com torcida e atletas"Não acho, não. Muito pelo contrário. Todo novo profissional que assume uma área deixada por alguém não assume do zero. Passamos por William, Ocimar e Rodrigo, todos fizeram algo e de repente serei o escolhido para fazer o telhado dessa casa que está sendo construída há 15 meses (14 na verdade). Falta de credibilidade com os jogadores? Muito pelo contrário. O que a gente precisa é acreditar quais são os nossos valores, quais são os comportamentos aceitáveis da diretoria e dos jogadores e todos aqueles, não estou dizendo que eles cometeram isso, que saíam desse caminho, daquilo que a gente acredita, não devem participar. Acho que aumenta a credibilidade, não perda de credibilidade".
Envolvimento com futebol"Ao longo desses 60 dias, em virtude de uma série de situações internas, eu estava ao mesmo tempo na minha area de negócios, parte de marketing e comercial, também assessorando o Rodrigo e o presidente neste relacionamento com o grupo. Então não é novo. Quanto ao contato com empresário, nesse momento não é necessário. Temos seis partidas, precisamos entregar a estrutura necessária para que a gente consiga os pontos necessários para sair dessa situação incômoda".
Planejamento 2015"A gente não só planeja o Bahia em 2015, como a gente planeja o próximo triênio. O presidente que for eleito vai encontrar um planejamento concreto, profissional, em todas as searas administrativas do Bahia, pensando o Bahia nos próximos três anos, que serão os anos mais importantes. O trabalho que foi desenvolvido com ele ao longo desses 15 meses vai fazer com que o próximo presidente encontre um clube com suas dívidas renegociadas, um clube com estrutura patrimonial diferenciada, com diversos processos administrativos desenhados, deixando aquela cultura personalística de quem manda no clube é uma pessoa, quando essa pessoa sai nada mais acontece. Hoje temos sistemas acontecendo, temos uma marca, que em termos de minutagem, só de aparecer em mídia, só no primeiro semestre, deixamos de retorno para o nosso patrocinador master mais de 24 vezes o que a gente recebeu. Fomos um dos quatro clubes que mais cresceu em termos de pay-per-view. Então, o próximo presidente que assumir vai encontrar um clube muito melhor do que aquele que a gente encontrou".
Possível candidatura"Como o dia tem apenas 24 horas e meus afazeres são enormes aqui no Bahia, ainda mais agora no futebol, não tenho tempo para pensar sobre isso".

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