Quase 200 rubro-negros entre sócios, conselheiros e torcedores foram testemunhas de um momento especial na história do Vitória na manhã deste domingo (20), na Fonte Nova. Em Assembleia Geral, convocada pelo presidente do conselho deliberativo, José Rocha, foi aprovado o novo estatuto do clube, que entre as principais mudanças em relação ao atual, prevê eleições diretas para presidente já em dezembro do ano que vem.
“O estatuto do clube determina os limites do conselho diretor, deliberativo e todos os setores. Com o novo estatuto o conselho gestor terá que cumprir as normas estabelecidas”, explicou José Rocha, que ainda garantiu que o clube está preparado para novas batalhas judiciais em caso de retaliação da atual diretoria. Outra alteração foi a diminuição do tempo de carência para que o sócio possa se candidatar em eleições presidenciais do clube, que anteriormente era de cinco anos e passou a ser de três. Ficou definido também que o sócio precisa ter 18 meses de adimplência para exercer o direito a voto.
Sócios e conselheiros do Vitória aprovaram a reforma do estatuto do clube (Foto: Bruno Queiroz/Correio) |
A partir do novo estatuto, também haverá proporcionalidade na próxima formação do conselho deliberativo, que hoje tem a maioria pertencente a situação. O presidente do conselho deliberativo também criticou a atitude de dois conselheiros, segundo ele, ligados à situação, que tentaram impedir a realização da Assembleia Geral. “É lamentável que alguns conselheiros ligados a diretoria tenham tentado, na Justiça, impedir a realização da Assembleia, do expressar da maioria dos torcedores e sócios. Nós conseguimos reparar esse intento deles com uma nova decisão judicial para realizar e certamente vai prevalecer a última decisão”, afirmou Rocha, confiante na manutenção da decisão judicial que validou a realização da Assembleia Geral de ontem.
Eleições 2016Quem também esteve presente no evento foi o ex-presidente do Vitória, Jorge Sampaio. Ele confia que o Vitória vai promover eleições diretas em 2016, ainda que mais batalhas judiciais estejam por vir, principalmente por conta da aprovação do novo estatuto.
“A gente espera que o conselho diretor sinta a força da torcida. O Vitória não tem dono, não é uma capitania hereditária que passa de pai pra filho. Tudo vai ser seguido como manda a lei e a justiça”.
Jorge Sampaio ainda fez questão de exaltar o “marco” que representou a Assembleia Geral de ontem. “Posso dizer, em alto e bom som, em letras garrafais, que é um dia histórico, que a oposição do Vitória existe e está firme. Um Vitória livre, sem donos, sem amarras, sem filtros”. Nenhum representante da diretoria executiva do Vitória esteve presente no evento de ontem. Através da assessoria de imprensa do clube, o presidente Raimundo Viana disse que não considera a realização da Assembleia legítima.
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