A baiana Ana Marcela Cunha, de 29 anos, conquistou a medalha de ouro na maratona aquática da Olimpíada de Tóquio na noite desta terça-feira (03).
Eleita seis vezes a melhor atleta do mundo em maratonas aquáticas, Ana Marcela também é tetracampeã mundial em provas de 25km (2011, 2015, 2017 e 2019) e campeã pan-americana em Lima (2019) na prova de 10km. A nadadora ainda participou da estreia da modalidade na Olimpíada de Pequim.
O sonho de uma medalha olímpica poderia ter se tornado realidade na Rio-2016, mas ela terminou a competição como décima colocada, após ter derrubado o seu suplemento na água. Por se tratar de uma prova de resistência, para suportar o trajeto, os nadadores precisam repor o estoque de energia.
Exigente consigo mesma, não aceitava apenas ser boa. Queria ser perfeita e superar a frustração da última edição nesta, que acredita que ser a sua última chance olímpica. Por isso, trabalhou incansavelmente com o técnico Fernando Possenti na preparação para Tóquio.
Apesar da dificuldade pela temperatura da água, beirando os 30 graus, Ana Marcela aprimorou as estratégias para driblar os obstáculos. Para manter-se à frente do pelotão, por exemplo, optou por se hidratar em voltas intervaladas.
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"PRA GANHAR DE MIM VAI TER QUE NADAR MUITO" ????
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Nos primeiros meses de pandemia, nadou em casa usando um equipamento ergonômico para simular a movimentação e o esforço na piscina. Depois, retornou a rotina com dez sessões de treino semanais; quatro de preparação física; duas de fisioterapia. Além disso, ainda teve que fazer testes diários de covid-19.
Na reta final, se instalou em Sierra Nevada, que fica a 2.320 metros acima do mar, onde há um dos centros de treinamentos mais concorridos do mundo pelos ganhos fisiológicos que proporciona aos atletas: níveis de hemoglobina, condicionamento e fisiologia. Tudo foi perfeitamente calculado, com bastante antecedência — a reserva foi feita no início de 2019.
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Redação iBahia
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