Ney Franco testa time com quatro atacantes antes do Ba-Vi

A expressão "tudo ou nada" é rotineira no futebol quando um time precisa reverter situação complicada. Entretanto, muitas vezes, o discurso fica só na teoria. Acredite, não é o caso do Vitória de Ney Franco. O Leão iniciou, ontem, de fato, a preparação da equipe para vencer o Ba-Vi por dois gols de diferença no domingo, às 16h, em Pituaçu.

Em busca do título, o técnico montou coletivo em campo reduzido e lançou formação extremamente ofensiva para o Leão ser ainda mais agressivo. Com Juan poupado, os titulares tiveram quatro atacantes: Marquinhos e Pica-Pau abertos pelas pontas, Dinei e Souza mais centralizados. Para completar, nenhum primeiro volante de origem na equipe, já que José Wellison e Cáceres fizeram a função de proteger a zaga, também modificada.

Titular absoluto até então, Rodrigo Defendi, questionado após falha no primeiro gol do Bahia na Fonte Nova, iniciou o trabalho na reserva. Ao lado do garoto Matheus Salustiano, Luiz Gustavo, já com a nova máscara de proteção - o zagueiro não se adaptou à primeira utilizada logo após a cirurgia no nariz. "No começo, incomodava um pouco. Já estou adaptado. Consegui me adaptar bem. Hoje levei uma cotovelada. Ainda bem que estava com a máscara. Protege bem. Estou tranquilo, focado", garante o zagueiro.

Adepto da postura superofensiva, proposta por Ney, o zagueiro cobrou sabedoria pra equipe buscar o título. "Tem que ser inteligente. Saber a hora de atacar e de se defender. Esse é o espírito. Vale tudo. Tem que tentar de todas as maneiras possíveis", considera Luiz Gustavo, de fora desde o Ba-Vi do dia 23 de março, quando o Leão também levou 2x0, na Fonte Nova.

Coruja - Já na segunda parte do treino, Ney mostrou mais cautela. Pica-Pau, que chegou a irritar Souza ao chutar uma bola enquanto o atacante esperava o cruzamento, saiu para a surpreendente entrada de Neto Coruja, que não joga desde o dia 5 de fevereiro, quando se lesionou no empate de 0x0 com o América-RN, em Natal, pela primeira fase da Copa do Nordeste.

De contrato renovado por produtividade até junho de 2015, Neto atuou como um típico primeiro volante, enquanto Cáceres e José Wellison tiveram mais liberdade para sair pro jogo. A outra modificação ficou por conta do retorno de Defendi à condição de titular no lugar de Salustiano. "Infelizmente, ele (Defendi) levou azar na bola (no primeiro gol do Ba-Vi). Todos estão sujeitos a isso. Conversamos com ele, demos apoio para não desanimar", revela Luiz Gustavo. Matéria original: Jornal Correio* Ney Franco testa time com quatro atacantes pra virar diante do Bahia