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"Sei da importância que tenho aqui", diz Marquinhos |
Todo mundo gosta de ver uma bola entre as pernas, um banho de cuia e porque não um toque de letra. Mas os jogadores do Vitória podem esquecer a firula e focar em botar a bola na rede contra o São Domingos, às 20h30 desta quarta-feira, no Barradão. Isso porque essa não é uma noite qualquer na temporada. É decisão. Após ficar no 0x0 em Sergipe, só o triunfo coloca o Leão na segunda fase da Copa do Brasil - empate com gols dá São Domingos. Apetite o ataque tem pra isso. Em 15 jogos em 2012, o Vitória marcou 34 vezes - média de 2,2 por jogo. E o maior contribuinte para essa média alta rubro-negra é o atacante Neto Baiano, autor de 16 gols e maior goleador do Brasil até o momento. Os números estão a favor, mas o técnico Toninho Cerezo é exigente. "Estamos criando as oportunidades, mas não estamos finalizando bem. Por um lado é bom, porque o time está criando e os jogadores estão ali no local certo. Mas temos que aproveitar melhor. Na Copa do Brasil, se tivermos a felicidade de passar amanhã (hoje), os jogos vão se tornar mais difíceis", cobra Cerezo. Se passar, o Leão pega o ABC.
Marquinhos - A palavra aprimorar combina bem com o momento vivido por Marquinhos, que ainda procura seu melhor futebol com a camisa 11. Em nove jogos até então, só dois gols. Ele está incomodado: ainda falta muito para chegar naquele Marquinhos da reta final da Série B. "Tá faltando muito pra mim e vou buscar isso no dia a dia, nos treinamentos. Sei da importância que tenho aqui no grupo do Vitória", comenta o atacante, 30 gols em 85 jogos pelo rubro-negro. Um pouco mais recuado, Marquinhos funciona como um dos três meias (Geovanni e Pedro Ken são os outros) que encostam em Neto Baiano. Pra ele, o fato de jogar mais longe do gol tem dificultado um pouco sua vida. "Tenho jogado mais atrás. Mais como meia e não de atacante. Fica difícil marcar lá atrás e depois atacar. Aí não tem gás. Espero pegar mais preparo e chegar bem pra fazer os gols", explica sua função no esquema quase 4-5-1 montado por Cerezo. A dedicação do atacante faz a moral ficar em alta com o treinador. "Ele tem um gás enorme no vestiário. Não gosta de perder. Se acontecer um empate ou uma derrota, ele entra no vestiário puto com ele mesmo. Ele se cobra muito e isso é importante", elogia Cerezo, sobre o espírito vencedor de Marquinhos.