Sequência sem vencer, eliminação na Copa Sul-Americana e o problema dos salários atrasados. Até a semana passada, corria nos bastidores do Fazendão que o técnico Gilson Kleina pensava em abandonar o barco. A complicada luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro aliada ao ambiente de preocupação mexeu com o treinador.
Só que muita coisa mudou em uma semana. A direção conseguiu sanar parte das dívidas com o elenco atual e, além disso, o time jogou com uma raça até então esquecida no empate em 1x1 com o Atlético-MG. O técnico, que não escondia o abatimento a cada resultado ruim do Tricolor, esquivou-se quando perguntado se pensou em deixar o Bahia, mas deu a entender que pretende seguir na luta contra a degola até o final.
"Não sou de jogar a toalha. O que eu quero é ver perspectiva. Todo mundo tem que estar mobilizado. O que eu quero é isso, que todos nós estejamos juntos, remando para o mesmo lado, porque o Bahia não é merecedor de estar nessa pontuação. Quando você pega no meio do caminho, você pega também uma herança, e essa herança você tem que trabalhar conforme essa situação. Minha parcela de culpa, claro que tem, agora, tem que estar todo mundo junto. Não sou de abandonar. Também não vou negar, são muitos problemas. Estamos aqui administrando. Estou na linha de frente. Vejo um futuro muito mais tranquilo com essa diretoria. Estou aqui para tentar solucionar", disse Kleina após o 1x1 com o Atlético-MG. Veja como está a classificação da Série A
Apesar da situação ainda ser complicada, uma vez que o time está na zona de rebaixamento, o cenário tricolor na semana passada era ainda mais tenebroso. "A gente veio de três derrotas. Sou um treinador, não é que eu fico só sendo otimista, a realidade é que tínhamos condições (de vencer ou pontuar). Então, a preocupação é que foram muitas lesões, nosso grupo, dentro de um mapeamento geral e de um contexto, temos algumas carências, você vê a nossa preocupação. Não estou lamentando, sempre penso na instituição, sempre penso no clube, hoje vivo intensamente o Bahia. A gente tem que cuidar de muitas coisas, e uma das coisas que não posso deixar é esmorecer esse grupo", complementou Kleina.
Marquinhos Santos - O técnico Gilson Kleina tem feito críticas sistemáticas ao técnico Marquinhos Santos, que atualmente comanda o Coritiba. A cada resultado ruim, o treinador cita uma "herança" do ex-comandante tricolor. Depois de falar abertamente sobre a estreia precipitada de Marcos Aurélio, ele também citou a falta de pontos conquistados no primeiro turno.
Na entrevista coletiva de terça, Potita teve o nome citado. "Estamos a poucas rodadas do fim e tem jogador estreando no Bahia comigo", alfinetou. Porém, Kleina não se exime da culpa pelo momento delicado na classificação da Série A. "Claro que tem minha parcela de culpa também", afirmou.
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