O juiz Ben Lowe, suspenso das Olimpíadas de Paris nesta quinta-feira (1°), já foi acusado de prejudicar o Brasil anteriormente, a última vez, na Olimpíadas de Tóquio, que ocorreu em 2021 devido a pandemia de Covid-19.
Australiano, Ben Lowe foi alvo de protestos da Confederação Brasileira de Surfe (CBSurf), que chegou a enviar uma carta em abril deste ano para a Associação Internacional de Surfe (ISA) demonstrando preocupação em relação a integridade do julgamento dos Jogos Olímpicos.
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No documento enviado pela CBSurf foi apontado a insatisfação, nos últimos anos, quanto a alguns julgamentos e notas. O destaque ficou para os Jogos Olímpicos de Tóquio, quando Gabriel Medina foi eliminado pelo japonês Kanoa Igarashi na semifinal.
Na ocasião, o surfista brasileiro vencia a bateria com um somatório de 16.77 (8.33 + 8.44). Kanoa conseguiu aumentar a nota para 17.00 após uma onda polêmica. A nota dada, a nota dada pelos juízes, inclusive Ben Lowe, foi questionada.
Suspenso em Paris após denúncia de Pedro Scooby
Apesar da situação, Ben Lowe foi escolhido novamente para julgar a disputa de surfe, que está acontecendo Teahupo'o, na Polinésia Francesa. A atuação dele foi encerrada nesta quinta (1°) após anúncio feito pela Associação Internacional de Surfe (ISA).
A suspensão de Ben Lowe acontece após Pedro Scooby, que está apoiando os surfistas brasileiros nos Jogos, denunciar o juiz. Ele expôs uma foto recente do juiz Ben Lowe ao lado do surfista Ethan Ewing, que é o principal rival de Gabriel Medina.
"Lá em Tóquio teve um juiz que deu as notas mais altas para os adversários do Medina, e as notas mais baixas para ele nas baterias. Foi feita uma reclamação formal desse cara para o comitê olímpico, e não fizeram nada", disse Pedro Scooby.
"Esse cara está aqui de novo. Hoje, eu aqui de boa em casa, recebo uma foto no WhatsApp dele com o Eathan, que é o cara que, se o Medina passar, eles podem cair juntos na final. E o Ben Lowe e o Eathan são australianos", completou a declaração.
Em nota oficial que anuncia a suspensão do juiz, a ISA afirmou que é "inapropriado para um juiz interagir dessa forma com um atleta" e que ele seria removido do quadro de julgamento das Olimpíadas "para proteger a integridade e a justiça da competição".
AUTOR
Nathália Amorim
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