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Futebol de 5: o zagueiro Cássio, o atacante Jefinho e o ala Gledson exibem as medalhas de ouro |
Os olhos não veem, mas os ouvidos e o coração sentem as batidas bem baianas da banda formada pelos alunos do Instituto de Cegos da Bahia (ICB). Na terça, numa bela festa, cinco atletas baianos que estiveram na Paralimpíada de Londres 2012 desembarcaram em Salvador. O atacante Jefinho, da Seleção Brasileira de Futebol de 5 para cegos, já esperava a recepção. "Lá de Londres a gente sabia que eles estavam preparando essa festa", disse o jovem de 22 anos, nascido em Candeias, a 46km de Salvador. Ao lado dos colegas de time, os também baianos Cássio, zagueiro de 23 anos, e Gledson, o Guêu, ala de 22 anos, Jefinho está de volta após conquistar a medalha de ouro no último sábado com um triunfo por 2x0 contra a França. O jovem atacante marcou um dos gols. "Nós temos amor, por isso chegamos aos objetivos. O trabalho está sendo feito", disse o atacante, que havia subido no lugar mais alto do pódio em Pequim 2008 também. Cássio e Gledson trouxeram suas primeiras medalhas. "Foi um trabalho de quatro anos. Agora é só férias até dezembro", contou Cássio, nascido em Ituberá, a 348km de Salvador, e que não largou a medalha desde que a recebeu. "Entrei na Seleção ano passado e já consegui essa medalha", revelou Guêu, muito feliz coma recepção: "Esse reconhecimento das pessoas é muito importante". No saguão, muitos aplausos e muita gente querendo tirar fotos com os atletas. A cada voz conhecida de amigos e companheiros do ICB, Jefinho, eleito melhor jogador do mundo em 2010, interrompia a entrevista para dar e receber abraços. Do aeroporto, os três seguiram num carro do Corpo de Bombeiros para a sede do ICB, no Barbalho. Sexta, eles serão recebidos pelo governador Jacques Wagner. Além do trio do Futebol de 5, os nadadores Verônica Almeida e Ronaldo Santos, que compete por São Paulo, também chegaram ontem. "Demos show, foi perfeito. Em 2016, vamos buscar mais", avisou Verônica, 7ª nos 50m borboleta na classe S7.
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Ronaldo Santos e Verônica Almeida não ganharam medalha, mas voltaram felizes com desempenho em Londres |
Baianos de ouro