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Ídolos do Bahia ficam indignados com abandono dos troféus

Taças da Taça Brasil de 59 e do Brasileiro de 88 estão "guardadas" em saco de lixo dentro de sala no Mundo Plaza

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19/09/2013 às 10:26 • Atualizada em 29/08/2022 às 9:54 - há XX semanas
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"Fico triste". Essa foi a primeira frase de três ídolos do Bahia ao saberem o estado em que se encontram os troféus da Taça Brasil de 1959 e do Campeonato Brasileiro de 1988. Léo Briglia, Bobô e Zé Carlos mostraram indignação quando receberam a notícia. Artilheiro do primeiro título nacional com oito gols, Léo, 85 anos, quase não acreditou. Por telefone, de Itabuna, onde reside, o ex-jogador ficou revoltado. "Isso só pode ser coisa de algum doido, irresponsável. É algum maluco que não sabe o que é o Bahia", reclama. Bobô, capitão do time da segunda estrela, pareceu perplexo. O ex-camisa 8 mudou até o tom de voz. "Estou abismado. É de doer. Isso representa a história do clube. O maior orgulho do torcedor do Bahia é ter as duas estrelas no peito. Deixar o troféu em um saco de lixo? Essa pessoa não respeita a grandeza do Bahia", afirmou o ídolo e desafeto do ex-presidente Marcelo Guimarães Filho, sem citar nome. "Estou assustado, mas espero que a nova diretoria resolva isso. Os ídolos precisam ser respeitados. O Bahia precisa ser respeitado". Outro destaque na conquista de 88, Zé Carlos destaca o feito do Bahia. Segundo ele, algo que talvez nunca se repita. "A gente vê a dificuldade que Bahia e Vitória enfrentam na Série A pra fugir do rebaixamento. O Bahia conseguiu isso, como um clube nordestino, e as pessoas não sabem qual adimensão, o que esse título significa". Artilheiro do Esquadrão naquele campeonato, com nove gols, Zé Carlos vai além. "É o título que segura o Bahia até hoje. O que foi construído precisa ser valorizado. As pessoas precisam entender que elas passam, mas o Bahia fica. A história continua". R$ 5,5 mil - A sala no Mundo Plaza está numa área de 70m² e gera ao Bahia um custo mensal de R$ 5,5 mil. O espaço foi alugado desde o dia 1º de dezembro do ano passado e está sem funcionalidade. Lá, nenhum móvel foi encontrado e a ausência de atividade é notada pelos fios soltos e parte do teto sem a devida cobertura. O diretor administrativo-financeiro, Reub Celestino, disse que "as salas serão ocupadas com funcionários do setor financeiro e de marketing". Leia mais Sacha Mamede justifica poucas ações no marketing: "nosso torcedor é quebrado" Matéria original: Jornal Correio* Campeões de 59 e 88 num misto de irritação e tristeza com a situação

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