O sorriso de Romero não desapareceu nem quando os jornalistas argentinos provocaram, dizendo que Louis Van Gaal havia dito que o ensinara a defender pênaltis.
“Van Gaal foi realmente muito importante para mim na Holanda. Eu era um jovem de 20 anos, que não sabia a língua, numa terra estranha. Ele me ensinou muitas coisas. Não sei se exatamente isso, mas me ensinou muito”, disse.
Na sua entrevista coletiva, o técnico da Holanda fez graça ao falar da derrota. “Realmente dói porque fui eu quem ensinei Romero a defender pênaltis”, brincou Van Gaal, que dirigiu Romero no AZ Alkmar entre 2007 e 2009.
Apoio - O goleiro argentino também comentou o apoio dos companheiros. “Todos passaram confiança e, no final, Mascherano veio e disse: ‘Hoje é o seu dia, vamos ganhar’. Foi muito importante”, afirmou Romero, que é reserva no Mônaco e enfrenta desconfianças da torcida, apesar de ser titular da seleção desde 2009. "Tenho que agradecer a Alejandro Sabella, que sempre confiou em mim. E sempre senti o apoio de todos os jogadores da seleção".
Romero lembrou que, apesar das críticas antes da Copa, a defesa da Argentina chegou ao sexto jogo no Mundial e sofreu apenas três gols. “Este troféu é de todo o time porque a defesa só funciona quando todos ajudam a defender e esse é o espírito que temos”, disse Sergio Romero, mostrando o troféu de ‘Man of the Match’.
Treinador argentino acredita em final com disputa de toques de bolaNas duas últimas Copas, foi a Alemanha que eliminou a Argentina: em 2006, numa disputa de pênaltis. Em 2010, com uma goleada de 4x1. Também foi a Alemanha que, 24 anos atrás, bateu os argentinos na decisão do Mundial da Itália. E também foram os alemães as vítimas de Maradona e seus companheiros na final de 1986. “Tenho admiração por duas escolas futebolísticas - a do Brasil e a da Alemanha. Eles estão sempre chegando por isso cruzaram tanto com a Argentina. E por isso será um jogo muito difícil”, disse o técnico Alejandro Sabella.
O treinador argentino elogiou a escola alemã. “Une o físico e o tático com a habilidade e a técnica que são mais comuns no sul-americana. Produzem jogadores como Overath, Beckenbauer, Magath. Não me surpreende que tenham uma seleção tão poderosa”, disse Sabella. Ele acredita numa disputa de toques de bola no domingo. “O time da Alemanha é sempre um grande adversário, porque usa o planejamento e a organização a serviço do futebol”, resumiu.
Os jogadores também não quiseram fazer comparações com os embates do passado. “Revanche é uma palavra muito feia. Não é para o esporte. Domingo, temos uma oportunidade. Espero que tenhamos um grande jogo entre grandes equipes”, disse Javier Mascherano, que era o capitão da Argentina na goleada sofrida em 2010. “Isso é passado. Estamos na final e devemos comemorar. A Alemanha já mostrou sua força, mas também temos a nossa”, afirmou.
O veterano Maxi Rodriguez, que também estava na África do Sul, destaca o conjunto alemão. “Muitos estavam em 2010, é um grupo que está junto há muito tempo. Vai ser uma disputa pelo controle da bola”, disse.
As decisões de 1986 e 1990 fazem parte da história e os jogadores, mesmo os mais novos, fazem questão de reverenciar. “Tínhamos uma grande equipe, comandada por Maradona, e eles também. Foram grande jogos: espero que domingo seja assim e que a Argentina vença”, disse o zagueiro Garay.
O técnico Sabella lembrou que os alemães terão uma vantagem. “Estão mais descansados. Nós tivemos que dar tudo, até a última gota de suor hoje (ontem). Os jogadores da Alemanha, além de terem um dia a mais de descanso, também puderam poupar energia. Administraram o fôlego”, concluiu. Matéria original: Jornal Correio* Herói da Argentina, Romero aprendeu a pegar pênaltis com técnico da Holanda
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