“Seja do jeito que for, eu te juro, meu amor, se quiser voltar, tá perdoado...”. Nesse trecho da música “Tá Perdoado”, de Maria Rita, a cantora se refere ao perdão entre dois amores, mais ou menos parecido ao que aconteceu entre o Bahia e o técnico Guto Ferreira, que retornou ao clube após interromper o trabalho no tricolor este ano por uma proposta do Internacional.
Se a diretoria tricolor superou o ocorrido e resolveu reatar com o antigo comandante, o mesmo não se pode dizer de alguns torcedores que andam meio magoados, sentindo-se ainda traídos por Gordiola. E por conta disso, ele sabe que terá que trabalhar muito para reconquistá-los.
“Primeiro, eu tenho nesse momento, mais do que nunca, não sei se a palavra certa é me desculpar. A vida está colocando sempre na nossa frente tomadas de decisões. E temos que fazer nossas escolhas. Naquele momento existia um vínculo importante que nos fez tomar a decisão. Ele (torcedor) tem direito de estar magoado. No momento, preciso reconstruir a relação com o torcedor, mostrando situações cada vez melhores não só em termos de resultados, mas de trabalho, de manter postura de ficar no clube, de buscar enraizar um pouquinho mais e dentro dessa filosofia, reconstruir essa relação com o torcedor”, disse Guto em entrevista ao Programa do Esquadrão.
Gordiola confessou que, de fato, não esperava um retorno tão rápido ao Fazendão e disse que o carinho que recebeu enquanto esteve em Salvador o fez ter a certeza de que voltar era a melhor decisão. “Sinceramente, não esperava que fosse tão rápido. Mas quando aconteceu não medi esforços. Sei da maneira que fui recebido na Bahia, sempre foi muito positiva a energia do torcedor dentro e fora do campo. Sempre fui bem recebido nas ruas e isso me motivou ainda mais. Me senti extremamente valorizado e tenho a grande responsabilidade de retribuir esse apoio, confiança e fazer o melhor possível para reconquistar a confiança dos que estão magoados, com razão, com a minha saída”.
Guto traz consigo a comissão com a qual trabalhou até deixar o Bahia na sua primeira passagem, composta pelos auxiliares Alexandre Faganello e André Luís, além do preparador físico Juninho. O treinador tricolor falou também sobre reencontrar boa parte dos jogadores que trabalhou na temporada.
“Têm saídas importantes, mas tem a manutenção de mais de 60% talvez da equipe titular. Dois zagueiros, que devem seguir, a tendência de renovar o Edson, se colocar Edigar, Zé e Régis, dariam seis que comigo foram titulares. Então não parte do zero, parte de uma espinha dorsal importante e vai agregar valores ao lado dela para começar a ter resultados que você necessita”, pontuou.
Conquistas
Na entrevista, Guto se mostrou bastante confiante e disposto para a temporada que está por vir e falou até em sonhar com conquistas ainda maiores do que o título da Copa do Nordeste, alcançado este ano. “Mais do que nunca é importante o Bahia sonhar, com os pés no chão, para em algum momento buscar realizar. Eu vou para o Bahia cheio de gás, com muita vontade e disposição de fazer o melhor e pensando grande. Em conquistar algo ainda melhor do que foi na temporada 2017. E espero, com o torcedor, fazer a parceria que sempre existiu para terminar 2018 melhor do que foi 2017”, projetou.
O técnico também sinalizou que deve fazer o mesmo rodízio de atletas adotado no início da atual temporada, para que o elenco chegue em boas condições nas retas finais das competições que disputar. “Se não tiver esse rodízio, é meramente desumano fazer que o jogador consiga jogar em alto nível 60 partidas. Como fazer uma qualificação da parte física, do sistema de jogo? Precisa treinar, repetir. É um planejamento que vamos fazendo. Isso evita um desgaste acima e faz com que dentro do planejamento possamos chegar nos momentos primordiais com o máximo de jogadores numa boa condição, para brigar pelos resultados que lá atrás você sonhou”, finalizou o comandante.
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Redação iBahia
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