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Gustavo larga o vício do leite em pó e vibra após jogar partida

"Me alimentava mal. Consumia uma lata de leite Ninho por dia", disse Gustavo, explicando dificuldade para ter uma alimentação de atleta

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21/08/2015 às 11:24 • Atualizada em 01/09/2022 às 8:18 - há XX semanas
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É difícil achar alguém que fará questão de lembrar com orgulho da estreia do Bahia na Copa Sul-Americana, no jogo vencido por 1x0, contra o Sport, quarta-feira. Essa partida, no entanto, não sairá da memória de um jogador: o volante Gustavo Blanco. Ao apito final do árbitro, ele quebrou um tabu de quatro anos sem conseguir completar um jogo inteiro em campo - a última vez havia sido na Copa Rio, em fevereiro de 2011, quando o Bahia perdeu do Palmeiras por 3x1.

"Me alimentava mal. Consumia uma lata de leite Ninho por dia", disse Gustavo, explicando dificuldade para ter uma alimentação de atleta (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação ECBahia)

O jogo contra o Sport foi o quinto dele como profissional e em todos, Gustavo começou como titular. "Fiquei muito feliz, foi uma conquista muito importante para mim”, conta o volante. Quando foi integrado ao time profissional, em janeiro, Gustavo causou preocupação no departamento médico. Os resultados dos exames físicos deixavam a desejar e estavam abaixo do padrão do elenco. Pelos exames, o jovem de 20 anos tinha potencial para ser mais um garoto da base a passar despercebido no elenco profissional, mas o talento, aliado a um trabalho em equipe, falou mais alto. “Quando Gustavo subiu para o profissional, era um dos piores do elenco em relação a massa muscular, capacidade cardiorrespiratória, potência. Tudo estava bem abaixo dos demais e percebemos que ele precisaria ser monitorado”, conta o fisiologista do Bahia, Maurício Maltez. Segundo Gustavo, um dos motivos para resultados tão ruins foram reflexo de dificuldades que passou na base. “Fiquei um ano sem jogar por opção do técnico e, depois, dois meses sem treinar, porque machuquei. Me apresentei em uma condição bem ruim”.
O preparador físico do clube, Reverson Pimentel, decidiu dar uma atenção especial ao caso de Gustavo e identificou que, além dos exames médicos, o garoto tinha outro problema. “Ele se doava demais nos treinos e sofria um desgaste acima do recomendado. Ele não tinha controle, não sabia o limite, até onde deveria se esforçar. Tivemos que orientar os treinos dele para que tivessem menor intensidade”, conta Reverson. O trabalho foi árduo, mas já rende frutos. Em oito meses, Gustavo mudou hábitos, ganhou 5kg de massa muscular e um novo fôlego. Em exames recentes do clube, ele aparece como um dos mais bem condicionados. “Eu me alimentava mal. Hoje, tenho acompanhamento de uma médica ortomolecular. Eu consumia uma lata de leite Ninho por dia, daquelas de 400g. Também não como feijão, nem carne vermelha, por hábito. Tive que fazer um trabalho para melhorar a alimentação”, revela. Além de aguentar firme o jogo todo, Gustavo também ganhou elogios na reapresentação, ontem, no Fazendão. “O fato dele se reapresentar tão bem com menos de 24 horas após o jogo é fantástico. Antes, ele ficava com imunidade baixa, vomitava, pegava virose. Hoje, ele dosa bem a força, sem perder intensidade no jogo”, compara Reverson. Gustavo chegou ao Bahia em 2010 e estreou pelo profissional no dia 2 abril deste ano, 0x0 contra o Nacional, pela Copa do Brasil, em Manaus.
Correio24horas

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