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Felipão tem 4 cartas na manga para driblar ausência de Neymar

Entenda os quatro esquemas que podem ser adotados pelo treinador na partida contra a Alemanha, nesta terça-feira

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07/07/2014 às 9:24 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:48 - há XX semanas
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Desde que a Seleção se reuniu na Granja Comary, quase um mês antes da Copa, os titulares nunca treinaram sem Neymar. Ontem, não foi diferente. Apesar de Felipão precisar decidir quem será titular no lugar do craque, só os reservas foram campo: fizeram jogo-treino contra uma equipe júnior do Fluminense.
Hoje, véspera da semifinal, os titulares finalmente treinarão com bola. Há pelo menos quatro opções para substituir o camisa 10. “Neymar é uma referência para a Seleção, mas o Felipão conhece bem a característica e a qualidade de cada jogador que está aqui”, disse o meia Willian, um dos candidatos.
No jogo-treino com os atletas que não começaram a partida contra a Colômbia, Willian começou na posição que o craque vinha jogando: mais pelo centro, com liberdade para atacar. Assim, Bernard ficou pela esquerda e Ramires pela direita.
Na verdade, o time brasileiro tinha dois titulares para o confronto com a Alemanha, Luiz Gustavo, que estava suspenso e deve retomar seu lugar na frente da zaga; e Dante, provável substituto de Thiago Silva, o suspenso da vez.
Com 15 minutos de bola rolando, Felipão interrompeu o treino e inverteu posições. Ramires foi para o meio, Willian para a esquerda, Bernard abriu pela direita - o que pode indicar uma opção mais cautelosa, já que Ramires tem mais vocação para marcar do que Willian. No treino, nada mudou. Os jogadores da Seleção criaram pouco e chutes de longe acabaram nas mãos de Victor, que defendia o gol dos juniores do Flu. Foram dois tempos de 30 minutos: no segundo, o time reserva fez 2x0, com gols de Bernard e Ramires.
Titulares - Os titulares só bateram bola no campo 2 da Granja Comary, fizeram uma roda de bobo e brincaram. Felipão sentou-se alguns minutos ao lado de Oscar, com quem conversou, apontando para o campo. O meia do Chelsea pode ter novas funções com a ausência de Neymar.
O entrosamento no time inglês pode beneficiar Willian. “Eu e Oscar jogamos muitas vezes juntos. Geralmente, eu jogava mais pela direita e ele mais centralizado. Mas tínhamos liberdade para nos movimentar. Conheço as qualidades dele e ele as minhas”.
No treino, entretanto, Felipão conversou mais com Dante e Luiz Gustavo, entrando rapidamente em campo, do que com os jogadores mais adiantados. “Ninguém esperava entrar no time no lugar do Neymar, mas todos aqui estão prontos para jogar. Nesse momento, a gente tem que ter tranquilidade e personalidade”, disse o atacante Bernard, a opção mais ofensiva para substituir o craque do Barça.
Ontem à noite, estava prevista uma sessão de vídeos com os jogos da Alemanha e com as observações de Alexandre Gallo, técnico da seleção sub-20, que está atuando como observador da comissão técnica e chegou ontem à Granja Comary. Já que os titulares vão treinar pouco sem Neymar, é bom mesmo prestar atenção no rival. O camisa 10 faz falta até no treino: ontem, nem sequer houve aquela sequência de cobranças de pênalti e faltas que ele costuma comandar antes de atender aos torcedores.
As cartas na manga de Felipão: qual será usada?
Esquema concessionária
Cheio de volantes: como Paulinho jogou bem no primeiro tempo contra a Colômbia, Luiz Felipe Scolari manteria o volante no time, mesmo com a volta de Luiz Gustavo. A Seleção reforçaria o meio-campo para enfrentar Schweinsteiger, Khedira, Kroos, Lahm, Ozil, Goetze... Ramires, volante de origem, e Hernanes são outras alternativas.
Padrão 2013
Com Bernard: o atacante jogaria mais pela esquerda, como Neymar na Copa das Confederações, com Hulk voltando a jogar pela direita e Oscar mais pelo meio como o camisa 10 venha fazendo no Mundial.
Esquema Chelsea
Com Willian: usar o entrosamento com Oscar para ter mais movimentação no meio-campo. Ramires também pode ser usado assim: pela direita, com Oscar mais centralizado. Se Felipão ousar, o que não é provável, pode colocar Willian e Ramires com Oscar, todos do Chelsea, e tirar Fred ou Hulk.
Cautela e caldo de galinha
Três zagueiros: sem Neymar, a Seleção teria a defesa reforçada com a entrada de Henrique - e ainda a volta de Luiz Gustavo - e buscaria contra-ataques e bolas paradas. Felipão já disse que Henrique é opção apenas para situações de jogo ou para um trio de defesa. Matéria original: Jornal Correio* Felipão tem quatro cartas na manga para driblar ausência do craque Neymar

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