Fé no acesso bota torcedores do Rubro-negro na estrada

Marcelo Lopes e Vinícius Silva pegaram a estrada

O Vitória não estará sozinho na batalha de Arapiraca, a última da temporada. Marcelo e Vinícius estão prontos pro desafio. Viajaram na manhã deste sábado, 458 quilômetros pela Linha Verde, BR-101 e AL-102 até a cidade do interior alagoano, onde o Leão encara o ASA, às 17h, pelo sonho da Série A. Mochila no ombro e uma fé que não tem tamanho. "Eu acredito no acesso. O campeonato não acabou ainda. Há chance e a gente está abraçado nessa chance", acredita Marcelo Lopes, 28 anos. Ele e cerca de 50 integrantes da torcida Os Imbatíveis vão pegar a estrada. Instrumentos de percussão, faixas, bandeiras e balões serão levados para pintar um pedaço da arquibancada do estádio Coaracy Fonseca de vermelho e preto. "Os caras vão jogar com mais raça sabendo que tem pessoas lá apoiando eles". Olhos vidrados no gramado, orelha colada no radinho. Pra voltar à elite, o Vitória precisa derrotar o ASA e torcer pra que Sport e Bragantino não vençam. "Tem que secar tudo. A gente vai fazer nossa parte, esperar que o Vitória faça a dele e torcer pra que dê tudo certo", resume Vinícius Silva, 25 anos, outro fiel escudeiro rubro-negro. "Vamos lá com o intuito de voltar na Série A. Não vamos pra lá perdidos, não", completa Marcelo. Apoio - A caravana para Arapiraca tinha cinco ônibus, mas a derrota para o São Caetano, sábado passado, diminuiu o número para um. "O interesse estava muito grande. Até quem não é associado da torcida estava querendo se associar pra ir junto com a caravana. Mas quando perdeu para o São Caetano teve uma queda na procura", lamenta Marcelo. "Apoiar quando o time está ganhando é fácil. É na hora da dificuldade que a torcida mostra sua força", pondera. Carnaval - Geralmente o ônibus da torcida retorna logo após o jogo. Dessa vez, os integrantes fazem questão de mudar a programação e adiar um pouquinho a volta para Salvador. "Se o Vitória subir, a gente vai ficar por lá mesmo e fechar a cidade", avisa Vinícius. "Vai ser um verdadeiro Carnaval", planeja Marcelo. Pra poder comemorar assim, é torcer e secar.