Ele tem cinco assistências no Brasileirão da Série A, o quarto melhor entre todos os atletas da competição. No Vitória, foi quem mais deu passes certos, 817 no total. O terceiro no Leão com mais finalizações no gol, com 15, além do terceiro melhor artilheiro do clube baiano no campeonato, com quatro gols. Só falta agora Diego Renan bater o escanteio, correr para área e tambémf cabecear. Ele é o dono da bola no Vitória. Faz de tudo. Mesmo na condição de lateral-direito, é dele a incumbência de bater todos os pênaltis no jogo. Ele também bate falta e nas horas vagas ainda é capitão da equipe quando Willian Farias e Fernando Miguel não jogam. Para o atleta, se tornar tão importante assim no clube é uma mistura de satisfação com responsabilidade redobrada.
Diego Renan promete fazer de tudo para livrar o Vitória do rebaixamento (Foto: Arisson Marinho/CORREIO)
“Já tinha algumas características semelhantes em outros clubes, mas aqui no Vitória está sendo muito bacana. Não apenas pelas assistências, mas pelo número de gols que tenho feito aqui. Se deve muito a formação tática e situações de cada jogo e adversário. Tem jogos que o espaço para o ataque é maior, mas em outros preciso me guardar mais na defesa. É preciso um equilíbrio constante na defesa e no ataque”, assegura Diego. Sobre as penalidades, tudo foi uma questão de oportunidade. Com a saída de Escudero no final do ano passado, nenhum jogador se habilitou para ser o cobrador oficial de pênalti. Diego Renan acabou assumindo o posto, bateu seis pênaltis no Baianão e acertou todos. Virou batedor oficial com mérito. “Bater pênalti é uma novidade, confesso. Eu comecei a treinar muito esta temporada. Ano passado ou em outros clubes eu até treinava, mas sem tanta frequência como agora. A partir de janeiro, quando voltamos de férias, tive a oportunidade de bater as penalidades no Campeonato Baiano e consegui obter o êxito. Tenho um aproveitamento muito bom. Aqui foi o primeiro clube que me tornei um cobrador oficial”, revela Renan. No Brasileiro, foram três pênaltis, todos convertidos. Pela Copa do Brasil, foi a única penalidade que perdeu, diante do Cruzeiro, no estádio Mineirão. Na Sul-Americana, fez um. Chegou a ceder uma penalidade para Kieza, que perdeu. Tranquilo Se dentro de campo Diego Renan tem sua importância, fora dele a situação é parecida. Na concentração, o jogador costuma levar seu violão para embalar a reclusão da galera. No repertório, esmagadoras canções sertanejas, principalmente César Menotti e Fabiano. Já em casa, prefere ficar com a família mesmo. “Aproveito os momentos livres, que são poucos, para ficar em casa mesmo, descansar com a família. Por causa da maratona de jogos, até na folga você precisa manter o foco e descansar. Não temos tempo”. As férias ele pretende passar tranquilo, sem a tristeza do rebaixamento no final do ano. Para isto, o lateral pede o apoio da torcida. “Temos condição de nos livrarmos desta situação em breve. Estamos incomodados”, completa. O Vitória volta ao Brasileirão nessa quarta-feira, às 19h30, contra o Atlético Mineiro, no estádio Independência. O rubro-negro tenta se afastar da zona de rebaixamento.
