Atualmente sem clube, Danilo Rios (à esquerda) se exercita com personal trainer em Vilas do Atlântico (Foto: Acervo pessoal) |
Em 2006, o Bahia viveu um dos seus momentos mais difíceis. Rebaixado à Série C, o tricolor chegou a ficar sem treinar por não ter dinheiro para lavar os uniformes dos atletas. O ano é considerado uma mancha na história do clube, mas foi especial para Danilo Rios.
Na época com 17 anos, o meia, que chegou ao Fazendão quando tinha 12, foi lançado ao time profissional como uma das maiores promessas a ídolo do Esquadrão. “Logo quando subi para o profissional foi muito difícil. O Bahia tinha acabado de cair para a Série C, estava sem dinheiro, a torcida pressionava. Era um cenário muito ruim. E a pressão da torcida acabou caindo em cima da base, que era a esperança de resolver o problema”, lembra Danilo Rios, hoje com 27 anos e sem clube.
A geração promissora tinha Ávine, Marcone e Bruno César, entre outros. A cobrança com Danilo Rios era grande porque a torcida esperava que o canhoto fosse a solução dos problemas do setor de criação da equipe. “No Bahia é diferente. O torcedor conhece o jogador desde novo, porque acompanha a base. Eles sempre me trataram com um carinho enorme, como alguém que ia chegar para ajudar. Acho que consegui isso quando subi, mas fiquei pouco tempo. Logo fui vendido”.
Ele se refere a 2007. Durante a campanha do acesso da Série C para a B, o jogador foi procurado pela diretoria do Bahia e precisou se despedir do tricolor. “O Bahia não tinha como pagar as contas. O presidente (Petrônio Barradas) me procurou e disse que eu tinha que ser vendido para pagar as contas e eu fui para o Grêmio”, lembra Danilo, que foi comprado por um grupo de empresários e repassado ao time gaúcho, onde não se firmou.
Um ano depois, foi emprestado ao Vitória. Segundo Danilo, esse é a única escolha da carreira da qual ele se arrepende. “Me arrependi de ter jogado no Vitória. Nada contra o time, mas não era o que eu queria. Tinha pouco tempo que eu tinha saído e voltei logo para o rival. O torcedor não entendeu que eu não tive culpa. Naquela época, eu era muito novo, era agenciado por pessoas que falaram que seria a melhor escolha e eu aceitei. Hoje a última palavra é sempre minha”, lamenta.
Atualmente, Danilo Rios está sem clube. O meia disputou a Série D ao ano passado pelo Nacional-AM e, agora, está em casa, em Vilas do Atlântico, enquanto não acerta com algum time. O sonho, por enquanto distante, é de voltar a vestir a camisa azul, vermelha e branca. “Meu sonho é voltar ao Bahia. Acho que uma parte da minha história no clube ficou em branco, a ser escrita. Além disso, sempre fui torcedor do Bahia”.
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