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Entrevista: Olavo Fonseca promete choque de gestão caso eleito

Confira dez perguntas feitas para o candidato

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09/12/2014 às 11:22 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:03 - há XX semanas
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O CORREIO inicia hoje uma série diária de entrevistas com os sete candidatos à presidência do Bahia. Hoje, Olavo Fonseca e Ronei Carvalho apresentam suas ideias ao sócio que votará sábado. São dez perguntas para cada, sendo sete comuns a todos e três específicas. Com a palavra o engenheiro civil Olavo Fonseca, 43 anos:
Por que você se sente capaz de ser presidente do Bahia?
Eu acho que o futebol hoje está sofrendo uma grande mudança. Teve um tempo em que quem dirigia o futebol era político e agora está chegando a era dos dirigentes empresários, com formação em gestão. O Bahia é uma instituição, uma empresa que precisa dar lucros. Quando vi os pré-candidatos, percebi que nenhum deles tinha o perfil que acho que o Bahia precisa. Acho que tenho esse perfil e estou disposto a aplicar isso no Bahia.
Qual a primeira medida que vai tomar caso seja eleito?
Um choque de gestão. Passar a entender o Bahia como uma instituição. Qualquer empresa quando se tem um gestor com nova mentalidade é auditada em todos os processos. Vamos verificar a situação financeira, já trabalhar com captação de receitas, aplicar o nosso planejamento, que já está definido, e cumpri-lo.
Como será a composição da sua diretoria? Já tem nomes?
Na verdade já temos todo um planejamento determinado. O organograma vai ser um pouco diferente do que está. Mas lhe digo que vai ter uma gestão participativa, com comitês de notáveis em todas as áreas. Futebol, jurídico, administração. Prefiro mostrar mais especificamente quando for eleito.
O que você considera negativo na gestão atual? E o que pretende manter?
Negativo é a falta de gestão. Cinco diretores de futebol num ano é o reflexo disso, da falta de ligação entre financeiro, administrativo e futebol. O ponto positivo, sem dúvida, foi a reconquista do nosso patrimônio com o Fazendão e a Cidade Tricolor. Que inclusive foi conquistado através do Antônio Miranda, diretor de patrimônio do clube, que é nosso conselheiro.
Qual o perfil de contratações que irá buscar?
O Zé Carlos, ídolo do clube pelo título de 1988, esteve no lançamento do nosso plano de gestão e nos deu um discurso muito bom. Queremos formar um time aguerrido e agregador. Qualquer profissional que se encaixe nesse perfil e se enquadre no nosso planejamento financeiro, poderá vestir a camisa do Bahia.
O que pretende fazer para aumentar a receita do clube?
O primeiro ponto é conversar com toda a parte de direitos de televisão, eu quero mostrar o tamanho do Bahia e trazer de volta o torcedor, que é o nosso principal patrimônio. Quando nós conseguirmos trazê-lo de volta, consequentemente a nossa receita vai aumentar. Não apenas no ingresso, mas nos serviços prestados, nos diferentes planos de associação. Isso vai trazer novas receitas. A gente quer muito usar o sistema de sócios de captação de recursos com o evento, com o dia do jogo. Colocar translado para o torcedor, trazer o sócio para ter um dia no Fazendão também.
Qual Bahia você enxerga nos próximos três anos?
Um Bahia competitivo, com raça e vontade de ganhar, obedecendo o planejamento estratégico e financeiro que temos. Temos que valorizar a base, que tem sofridas instalações, mas que consegue títulos. Então vamos valorizar isso para que em três anos tenhamos um Bahia com garra e que jogue para ganhar.
Seu nome é pouco conhecido no grupo Associação Bahia Livre. Por que foi o escolhido?
Quando nos aproximamos da ABL, trouxemos a nossa proposta e o grupo tinha propostas muito parecidas. Temos o nosso próprio grupo, chamado de grupo “Basta”, em referência à época da ditadura do clube. Conseguimos mostrar que a composição com um também engenheiro civil, também gestor de empresa, era o melhor para o Bahia.
O fato de você ter um nome desconhecido, faz com que o eleitor tenha desconfiança?
Os novos times são geridos por gestores. Você gerindo uma empresa, com sua especialidade em gestão, vai estar cercado de gente competente e vai poder cobrar de cada um deles como se deve.
Você tem alguns membros da ABL lhe apoiando que estiveram na gestão de Schmidt. Vocês se consideram oposição mesmo?
Somos oposição declarada. Nós entendemos que a gestão anterior teve dois momentos: antes e depois da saída de Reub. A saída dele deixou claro que as coisas não estavam bem, que o futebol não estava obedecendo o planejamento feito pelo financeiro, o que é um grande erro. A partir dali nos consolidamos como oposição. Em relação aos nossos apoiadores que participaram do primeiro momento desse processo, posso dizer que temos muito orgulho. Reub saiu, pois não obedeciam o planejamento. Antônio Miranda, por trás das câmeras, foi quem conseguiu recuperar o patrimônio do Bahia. Então tenho muito orgulho de tê-lo, assim como Fernando Jorge, que foi o patrono da democracia.

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