Em Salvador,Bebeto foge de polêmica com Romário e bota fé em Fred

Enquanto o deputado federal Romário critica duramente a organização da Copa do Mundo no Brasil, o membro do Comitê Organizador Local (COL) Bebeto se mostra otimista com a realização do torneio em terras tupiniquins. A diferença de pensamentos fez a dupla de ataque da Seleção Brasileira de 1994 entrar em atrito após o baixinho chamar o ex-companheiro de ignorante. Entretanto, o baiano prefere fugir da polêmica e garante que a amizade segue firme.

"Minha relação com o Romário é que ele vai ser meu amigo de vida toda para sempre. Só que ele tem o pensamento dele, eu tenho o meu. Respeito. É isso... Não tenho mais o que falar... A Copa está aí já praticamente. Eu quero pensar no melhor para o meu país", disse Bebeto, que veio a Salvador para participar do Tour da Taça, que fica até esta quinta-feira (1º) na capital baiana.

Bebeto acredita que a Copa do Mundo deixará um legado importante para o Brasil. Ele lamenta que nem tudo fique pronto no prazo, mas tem fé que as coisas vão melhorar. "Ficamos tristes, mas o trabalho é muito grande. Eu não tinha noção do que era organizar uma Copa do Mundo. A logística é muito grande. É muita coisa. E a gente tem trabalhado muito. A gente deixa as coisas para cima da hora ainda, mas tem muita coisa que vai deixar um legado. O Brasil todo é um canteiro de obras. Obras que demorariam sei lá quantos anos".

Seleção Brasileira - Bebeto fez dupla de ataque na Seleção com dois dos centroavantes brasileiros mais reverenciados mundo afora: Romário e Ronaldo. Na Copa de 2014, Fred terá a missão de mandar a bola para o fundo das redes, mas sofre com o peso de vestir a camisa 9. No meio de tudo isso, Bebeto crê que o atacante do Fluminense vai dar certo.

"Torcemos muito pelo Fred. Pela Copa das Confederações, pelo empenho, pelo trabalho. É um cara que finaliza bem, mas sem comparações. É uma coisa que só Deus sabe... É um cara esforçado, que sabe fazer gols e vou torcer para que ele esteja em dias iluminados, em dias tão bons quanto os da Copa das Confederações, quando a bola procurava ele", opinou.

Para o baiano, a experiência de Felipão e Parreira no comando da Seleção fará a diferença na Copa. "Acho que a união é fundamental e o Felipão consegue ter o grupo nas mãos. Quando o treinador tem o grupo nas mãos... Além disso, tem essa parceria com o Parreira. Na Copa das Confederações, tivemos uma amostra".