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Falcão prefere escalar time mais ofensivo |
Só precisou de 90 minutos para a torcida tricolor notar a principal diferença entre Joel Santana e Falcão. Acostumados a ver um Bahia na defensiva, cheio de volantes, quem foi ao clássico em Pituaçu viu uma equipe mais ousada. Falcão chegou na sexta, fez dois treinamentos e setenciou: fim da era dos três volantes no Fazendão. O técnico, ex-volante, prefere um time solto, que visa o gol adversário. No Ba-Vi, armou a equipe com dois meias abertos pelos lados. Morais na esquerda e Gabriel na direita. Com a bola, autênticos pontas. Sem ela, voltam para compor o meio. E diferente do papai Joel, Falcão não gosta de retrancar o time durante a partida. Sai um meia, entra um meia. Melhor para o torcedor, que vê um time mais ofensivo em campo. O esquema muda, um volante vai para o banco, mas a equipe não fica mais fragilizada por conta disso. "Não fica tão ofensivo assim. Nesse esquema, ele tira um volante, mas os meias que fazem as beiradas fecham o meio, o espaço que seria desse volante", explicou Gabriel. O fato de ter um homem de marcação a menos em campo não incomoda o pessoal lá de trás. Titular ao lado de Titi, o zagueiro Rafael Donato não sentiu mais dificuldade nesta nova configuração de jogo. "Não teve tanta diferença. Nos outros clubes que joguei, também jogávamos desse jeito. E o professor Falcão soube orientar a gente direitinho e deu tudo certo", falou. A principal modificação é o aumento das responsabilidades defensivas dos meias, que passam a marcar lá no campo de ataque. Gabriel, que subiu da base como atacante, não se incomoda com a função extra. "Não tenho problemas em marcar. É a posição que eu gosto de jogar. Na base, eu era segundo atacante por conta do esquema adotado", contou.
Veja a diferença entre as formações |
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Treinos modernos - Outro ponto que chama a atenção dos boleiros são os treinamentos. O novo técnico realiza atividades diferenciadas ao invés de fazer apenas o tradicional coletivo. "Muda a filosofia, a forma de pensar. Só que o jogador de futebol quando chega a um clube de alto nível, como o Bahia, tem que estar preparado. Entendemos bem o que ele quer e só temos a melhorar", garantiu Donato. Gabriel segue o colega e curte o estilo do professor. "O treino fica mais intenso. O espaço é curto e eu gosto de trabalhar assim, porque você só dá no máximo dois toques na bola", finalizou.