Começo de jogo com um Bahia avassalador, gol, banho de água fria. Intervalo, Régis em campo, reviravolta, golaço, ajudinha do adversário. Foi uma narrativa emocionante, para ninguém botar defeito. Ontem, o Bahia venceu o Ceará por 3x1, com propriedade, e chegou a 53 pontos. Com o resultado, passou o Londrina e está na 5ª posição, a apenas um ponto do G4.
No começo do jogo, o Esquadrão não parecia nem de longe com aquele time apático que enfrentou o Oeste na semana anterior. Aguerrido, com boa postura ofensiva, o Esquadrão deixou a rivalidade com o Ceará de lado, se impôs, mostrou superioridade. Só que postura não ganha jogo.
A primeira chegada com força foi com Wesley Natã, em abafa na pequena área. O tricolor ainda teve ainda oportunidades com Hernane e Juninho, na bola parada.
Tudo muito lindo, até o Ceará jogar na cara do Bahia aquele velho e irritante ditado: quem não faz, toma. Tomou. Aos 28 minutos, Felipe deu um elástico desconcertante em Eduardo e só rolou para Lelê, que teve apenas o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes e calar a Fonte Nova.
Mas o Bahia não se abateu. Cinco minutos depois, o goleiro Éverson falhou grotescamente, deu um chute torto pra trás e viu a bola quicar na pequena área. Éwerton Páscoa tentou consertar e - de mão - ‘armou’ para o Wesley Natã. Cara a cara com o gol, o camisa 7 finalizou mal e perdeu uma chance incrível.
O zagueiro Tiago ainda deu uma de atacante e, de frente pro gol, chutou em cima do goleiro Éverson. Antes do intervalo, Edigar Junio e Juninho também arriscaram, sem sucesso.
Diferencial
Hora de esfriar o corpo e a cabeça, e ouvir os conselhos do técnico Guto Ferreira, que cumpriu suspensão e viu o time de longe. Quem ficou na beira do campo foi o auxiliar Alexandre Faganello.
Deu certo. Na volta, Victor Rangel entrou na vaga de Wesley Natã. Com 16 minutos, foi a vez de Régis entrar no lugar de Renato Cajá. Alterações que mudariam a história do jogo.
Com 12 minutos em campo, Régis começou a reescrever a partida. Aos 20, após sobra de escanteio, ele cruzou para Edigar Junio, que, no primeiro pau, desviou de cabeça e empatou o jogo, levando o torcedor à loucura.
Pensa que foi só isso? Não. Oito minutos depois, o ataque tricolor deu uma aula de bom futebol. Troca de passes em velocidade, de pé em pé, até a conclusão de Régis, de três dedos, tirando do alcance de Éverson. Um golaço para explodir a Fonte Nova.
Depois, era a vez de Victor Rangel mostrar que quem vem no banco precisa também ter sorte. Em dividida, o atacante viu a bola subir. Antes dela cair no chão, viu uma ‘Lei do Ex’ diante dos seus olhos. Só que, dessa vez, de forma diferente. Diego Felipe, que defendeu o Bahia em 2014, tentou afastar e acabou encobrindo Éverson e marcando um golaço contra, para a festa da nação tricolor.
O gol acabou com qualquer reação do Ceará, que ficou entregue em campo. O Bahia ainda ofereceu perigo, mas o placar ficou mesmo em 3x1. Justo pelo que o Bahia jogou, pelo torcedor que fez uma bonita festa no estádio e, principalmente, com o mestre Evaristo de Macedo, homenageado antes do jogo e, acompanhado de parte do elenco que conquistou o bicampeonato nacional pelo tricolor, que não merecia ver o Bahia perder.
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Redação iBahia
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