Dominado do início ao fim pelo CRB, o Vitória mostrou graves problemas na marcação e dificuldades de criação. A atuação no Rei Pelé foi muito distante da que se espera do líder da Série B e liga atenção da torcida e jogadores. O CRB vem em campanha de recuperação na competição e está, agora, há oito jogos sem perder. Mesmo em boa fase, o time era apenas o 11º antes da partida começar.
O Vitória tinha desfalques nas laterais e do volante Matheus Trindade, mas isso também não pode contar como desculpas. Léo Condé tinha as voltas de Camutanga, Rodrigo Andrade e Mateus Gonçalves como arma para disparar na liderança.
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A escalação inicial veio com as escolhas pela improvisação de Yan Soutto na lateral e mais uma chance ao contestado Thiago Lopes no meio-campo. Não deu certo. Outra novidade foi a escolha por um trio de ataque sem o centroavante, usado em outros momentos da Série B. A opção era por movimentação e velocidade, o que não se mostrou na prática.
“A ideia era trazer eles para nosso campo e explorar o contra-ataque. Fizemos isso no Ba-Vi e funcionou. Hoje qualquer coisa que eu falar vai servir como desculpa”, avaliou Léo Condé.
Pouco combativo na marcação e anulado na criação, o Vitória viu o CRB assustar desde o início do jogo. Melhor em campo, o adversário abriu o placar na insistência após obrigar o goleiro Lucas Arcanjo fazer duas defesaças.
Mesmo atrás do placar, o Leão não conseguiu sair para o jogo. A desatenção fez com que o time tomasse mais dois gols ainda nos acréscimos do 1º tempo e deixasse a missão ainda mais difícil.
Para tentar amenizar o vexame da primeira etapa, Léo Condé fez mudanças. Zé Hugo e Wellington Nem entraram, mas nada do Vitória entrar no jogo. O treinador também colocou a entrada do artilheiro Léo Gamalho, que pouco acrescentou.
O CRB continuou mais perigoso e aproveitou um péssimo dia do sistema defensivo rubro-negro. O resumo do segundo tempo foi o sucesso dos mandantes nas bolas jogadas na área.
Três bolas alçadas e mais três gols do CRB. Metade em cada tempo do jogo e a torcida, que foi em peso, para Maceió, voltou com uma derrota gigante para Salvador.
“Primeiro um gol sofrido de bola parada. Depois sofremos dois gols de situações que a gente tinha alertado, que foi o contra-ataque deles. A gente fez correções no intervalo, mas pecou muito no aspecto defensivo. Pecamos também com a bola, erramos muitos passes e tomadas de decisões. No segundo tempo criamos situações, mas em outra bola parada sofremos o quarto. Foi um golpe duro. A equipe sentiu no aspecto emocional naquele momento”, analisou o técnico do Vitória.
Ainda na liderança, com dois pontos a mais que o Sport, segundo colocado, o Vitória terá uma semana para se reabilitar e voltar a vencer na Série B. Nos três últimos jogos, atuações decepcionantes e apenas dois empates conquistados.
A próxima partida será contra o Avaí, no Barradão, domingo, às 18h. O Vitória não vai contar com Dudu e Yuri Castilho suspensos.
"O Vitória passou por isso [goleada] ano passado contra o Figueirense, eu também já passei por isso em minha carreira. É importante a forma como vamos reagir", frisou Léo Condé.
João Souza / Grito Baiano
João Souza / Grito Baiano
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