Com chance de classificação, os iranianos chegaram ao estádio mais animados, enquanto poucos bósnios queriam falar. "Estamos confiantes, principalmente depois da boa partida que fizemos contra a Argentina, apesar da derrota por 1 a 0. Vamos classificar", acreditava Shervin Mahini. Do outro lado, poucos bósnios se mostravam confiantes. Nicolle Begovic, a esposa do goleiro Begovic, mostrou fé. "Vamos ganhar hoje, os jogadores vão jogar pelo país e pelos torcedores, com muita vontade. Acredito neles e acho que todos na Bósnia também".
No final das contas, deu Bósnia e a festa nas arquibancadas da Arena Fonte Nova foi bonita. Enquanto a maioria queria ver gol, independente do lado, tinha gente que optava pela escolha de um time e "sofria" ao lado de bósnios ou iranianos. A torcida da Bósnia ainda contou com um fanático ilustre. O humorista Marcelo Adnet, da TV Globo, era um dos mais animados entre eles. Acompanhando o time desde a primeira partida, contra a Argentina, o ator vibrou e sofreu do começo ao fim com a seleção europeia.
Enquanto os iranianos iam ficando mais comedidos com o passar do tempo, já que a Bósnia vencia a partida, os bósnios se exaltavam e ganhavam a simpatia de brasileiros, muitos torcedores de Bahia e Vitória, que tentavam entoar os cantos no idioma, até aquele momento, desconhecido. Os seguranças da partida e policiais militares chegaram a intervir em alguns momentos para pedir que alguns bósnios não subissem nas barras de ferro que separam as fileiras de cadeiras no terceiro anel. Em um momento, uma faixa da torcida foi retirada a mando da Fifa. A dificuldade estava na comunicação por conta dos distintos idiomas.
O placar eletrônica marcava 3x1 em favor da Bósnia, mas a eliminação de ambas as seleções estava consumada. Os torcedores de Bósnia e Irã saíram do estádio em paz. A festa, mesmo assim, não deixou de existir. Era dos Bósnios, e dos brasileiros que foram curtir a partida também.
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