Documentos comprovariam conexão de Dunga como agente de jogadores

Redação GoalApesar do discurso que negava participação como intermediário na venda de jogadores, documentos apontam para a participação de Dunga em transações internacionais. Segundo reportagem da ESPN, o novo treinador da Seleção Brasileira esteve envolvido em trabalhos como agente de jogadores. A participação de Dunga teria ocorrido ao menos na venda do meia Ederson, que atualmente joga pela Lazio. Com passagens pelo Juventude e Internacional, o jogador foi negociado em janeiro de 2004 pelo RS Futebol Clube, clube que teria direito à 75% da negociação. Os direitos federativos de Ederson foram repassados ao Nice, da França.A negociação foi no valor de US$ 1 milhão e meio, e deste montante R$ 407,384,08 teriam sido repassados para Dunga, através da empresa "Dunga Empreendimentos, Promoções e Marketing ltda".Os outros 25% foram comprados por investidores do grupo Image Promotion Company (IPC), com sede em Mônaco. Totalizando U$ 575 mil. Apesar do documento e da nota fiscal terem sido assinados pelo próprio Carlos Caetano Bledorn Verri (Dunga), o atual técnico da Seleção negou. Dunga se defendeu. Através da assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Futebol, garantiu "não ter participação alguma na venda dos direitos sobre o vínculo do referido jogador".A justificativa do valor recebido por Dunga em 2004 foi o "faturamento de honorários profissionais pelos serviços prestados de assessoramento, acompanhamento e indicação de investidor na aquisição de direitos federativos e econômicos de atleta".Cabe lembrar que esta negociação foi realizada antes da primeira passagem de Dunga no comando da Seleção Brasileira, cargo assumido em 2006. Ederson, então no Lyon, teve uma rápida passagem pela Seleção Brasileira em 2010, quando o treinador era Mano Menezes. Na época, o meia se machucou logo após entrar em campo, em amistoso contra os Estados Unidos, logo após o mundial da África do Sul.O novo Coordenador de Seleção da CBF, Gilmar Rinaldi, trabalhou como empresário e agente Fifa até a véspera do anúncio de sua nova função.