O sumiço do treinador Marcelo Cabo, do Atlético-GO, deixou familiares e funcionários abatidos antes do treino da tarde desta segunda-feira (16). Em entrevista coletiva convocada pelo próprio clube, o diretor de futebol Adson Batista falou sobre o caso. "A família está desesperada. Eles estão no Rio de Janeiro, muito aflitos. A gente espera que possa solucionar de uma maneira que não seja traumática", disse.
Abatido, ele informou ainda que existem muitas informações desencontradas sobre o caso. "Não passaram nada de concreto. Só que viram a imagem dele saindo do apartamento. A polícia imagina que ele deve ter ido comprar alguma coisa perto de casa. O que posso dizer é que a gente está sem ter muito o que falar. Estamos passando por um momento de muita dor e dificuldade", disse Batista à Rádio 730 AM.
Também na coletiva, o coronel da Polícia Militar Wellington de Urzêda Mota contou o que as investigações revelaram até agora. "De concreto, só que ele participou de um amistoso no sábado, depois saiu com amigos. Ao fim desse evento, ele voltou para casa sozinho e estacionou na porta do prédio dele, às 2h30. Não entrou na garagem. Ele subiu, conversou com a família por telefone e saiu às 3h02. A gente imagina que tenha ido a algum lugar muito perto, porque deixou a carteira e o celular em casa, carregando", explicou. Os pertences foram encontrados na casa do treinador pelo auxiliar técnico Rodolfo Oliveira.
"Ele saiu de casa apenas com o cartão de débito. Já rastreamos e o cartão não foi usado, nem houve saques ou qualquer transação. Algumas pessoas já falaram que ele tinha o hábito de ir a uma padaria próxima ao prédio dele, mas ainda é tudo prematuro. Vamos filtrar as informações. Já acionamos o departamento anti-sequestro e vamos fazer uma perícia no apartamento. Também vamos olhar as câmeras de segurança perto do prédio para ver se ele pegou alguém, se foi seguido por algum carro. Até agora, ele e o carro não foram vistos em lugar nenhum", acrescentou o coronel.
Até o momento, todas as possibilidades são levadas em conta pela polícia. "Aqui não é uma roça. Não é o Rio, onde ele mora, mas tem estrutura. Aqui tem violência normal, do dia a dia, mas nada anormal. É uma coisa estranha. Os médicos do clube já ligaram para o Instituo Médico Legal, e nada. Pode ter acontecido qualquer coisa. Mal súbito, sequestro, qualquer coisa. Vamos trabalhar com todas as possibilidades", completou Uzêrda.
Marcelo Cabo, de 50 anos, tem três filhos e é casado. Ele chegou ao Atlético-GO em maio de 2016. O técnico estava em um Palio de cor branca e placa PQF 8288.
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Redação iBahia
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