Precisando vencer por quatro gols de diferença para passar às oitavas de final da Copa do Brasil, o Bahia enfrenta o Corinthians nesta quarta-feira (6) em situação difícil. Além do placar elástico, o tricolor precisa ultrapassar um adversário muito mais complicado: a má fase. O time não ganha há dez partidas, ocupa a vice-lanterna do Campeonato Brasileiro e, se as coisas já não andam bem, pioraram ainda mais com a insatisfação publicamente demonstrada pelo lateral-direito Diego Macedo.
Após o treino desta terça (5), o jogador, que não foi relacionado para o jogo de hoje, desabafou com jornalistas que o ambiente no clube estava "uma merda" e que pediria para sair. O ato instantaneamente gerou uma reação da diretoria tricolor que, ao saber do ocorrido, afastou o jogador do elenco principal. Ele agora treina em separado e deve acertar sua saída para outro time.
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No entanto, na noite de ontem (5), o próprio Diego negou que pediria para sair do time e chegou a implorar para ficar em entrevista concedida a equipe Galáticos da Itapoan FM. "Eu quero ficar no Bahia, pelo amor de Deus. Estou aqui em casa preocupado. Não sei o que está acontecendo. Eu quero ficar e ajudar, estou muito triste. Eu não quero ir embora do Bahia", disse, alegando que não foi avisado por ninguém da cúpula tricolor sobre o seu afastamento.
"Fiquei sabendo pela imprensa mesmo. Desci chateado por que vi que meu nome não está na lista, mas treinei normalmente e cumprimentei todo mundo quando terminou o treino. Estou chateado sim por não ter sido relacionado, mas em momento nenhum disse que queria sair. Eu não disse nada que estava uma merda. Disse apenas que estava mal com essa situação e não estou bem mesmo. Acabei fraturando o ombro na parada para a copa. Eu estou recuperando minha forma física ainda e por isso queria estar jogando, mas respeito a opinião do Charles", explicou.
Diego ainda contou na entrevista que só sairá do Bahia por opção da diretoria, pois acabou criando "um amor pelo Bahia por causa da torcida". Em entrevista coletiva após o treino, ainda sem saber da história, o técnico interino Charles Fabian afirmou que desde que assumiu a equipe não houve um caso sequer de indisciplina e, caso o ala tenha mesmo reclamado, seu lugar não é no Bahia.
"Estou tomando conhecimento disso agora, não sabia. Eu estava no treino e subi agora para a coletiva (de imprensa), mas podem ter certeza de uma coisa: o Bahia tem quatro laterais-direitos, qual o time que joga com quatro laterais-direitos? Eu nunca vi. Treinador, quando está trabalhando, se perde no trabalho quando quer agradar a todos. Isso é um ponto importante. Eu não tenho como agradar quatro laterais-direitos, só um vai ficar satisfeito e três vão ficar chateados. Isso é a situação de todos. Eu tenho que fazer aquilo o que acho que é correto para o clube, não posso fazer o que é correto para um jogador. Tenho que proteger o grupo, o Bahia. Isso está sendo feito".
"Se o atleta acha que não está tendo espaço, ele tem que procurar o espaço para ele, mas tem que entender que, se está trabalhando em equipe, em grupo, quando se trabalha assim é preciso respeitar a decisão do treinador, respeitar seus companheiros, a diretoria, ao torcedor, a todos. Se ele tomou essa atitude realmente, é algo a ser decidido pela diretoria, mas em uma situação como essa, a gente fica insatisfeito. Eu quero agradar o grupo em primeiro lugar, fazer o meu trabalho consciente, colocar a minha cabeça no travesseiro sabendo que fui o mais justo possível. Se ele não está satisfeito, aí realmente tem que deixar o clube", declarou.
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