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Arqueiro está sem jogar há um ano e meio |
Aos 38 anos, Nelson de Jesus Silva mantém a timidez de quando tinha 19. A diferença é que a segunda metade da vida foi intensa e cercada de holofotes e pressão. Em março de 1993, Dida era o goleiro do Brasil campeão mundial sub-20, com 2x1 sobre Gana. Na volta, foi finalista do Brasileiro pelo Vitória. Depois, brilhou por Cruzeiro e Corinthians até ser titular do Milan, da Itália, por uma década. Esteve por três vezes na Copa do Mundo: terceiro goleiro em 98; reserva no penta, em 2002, e titular em 2006, quando, ao lado dos zagueiros Lúcio e Juan, foi poupado por torcida e crítica pela eliminação contra a França. Embora parado há 1 ano e meio, desde a saída do Milan, Dida diz que não está aposentado. No Super Desafio de Natal, falou em jogar mais dois anos. E contou mais...
Por quê sumiu do mercado?(Risos) Eu sou desta maneira, sempre fui assim e trabalho desta maneira. Eu acredito que a qualquer momento pode surgir uma novidade. Tem pessoas trabalhando fora e espero resolver minha vida, indo para um time encerrar minha carreira.
Você espera jogar na Série A do Brasileiro, na Europa...A gente está conversando e eu não posso dizer o time. Eu só queria voltar ao Brasil e tem quatro meses que estou aqui. Quero trabalhar forte para conseguir uma equipe.
Ídolo de Vitória, Corinthians e Cruzeiro. Quem tem vantagem?(Risos) Tem isso, né? As três partes foram importantes na minha carreira. Quem sabe não é uma delas?
Qual a lembrança mais marcante do Vitória?O Vitória é meu começo. Começar no Vitória foi muito importante para minha carreira. Todos aqueles que me apoiaram no início colaboraram para meu crescimento profissional. Ainda lembro da diretoria, funcionários e todos que trabalharam comigo.
Com quem você ainda mantém contato? É só Eduardo Bahia (preparador de goleiros) ou tem mais?Eduardo Bahia sempre foi o meu contato na Bahia. Sempre que vim, eu tive oportunidade de estar trabalhando com ele. Foi meu primeiro técnico desde a base e fiquei muito feliz por ele ter voltado ao Vitória, pois fiquei sabendo hoje (quinta, no Super Desafio). De repente, quem sabe eu não posso reencontrá-lo e trabalhar junto com ele?
Quando você era garoto na Toca, pensou em chegar tão longe? Conseguir é outra coisa...Não, não... A gente sempre tem metas profissionais, né? Eu acredito que, trabalhando, fui conquistando meu espaço e cheguei até onde cheguei.
Qual time que o Dida jogou foi melhor: o Corinthians campeão do mundo ou a Seleção Brasileira do penta?(Risos) Isso eu não sei definir. Sei que sempre dei o meu melhor e trabalhei muito para conquistar meu espaço e os títulos. Fico feliz por ser lembrado desta maneira e os clubes por onde passei contribuíram muito para tudo.
A família Scolari era diferente mesmo?A gente era bastante unido e demonstramos a completa união dentro e fora de campo. Acho que foi isso. Scolari conseguiu fazer realmente uma Seleção para conquistar o Mundial.