No Barradão, a comparação é inevitável. Desde que chegou no Vitória, em 2013, Caíque foi apelidado de Dida, ídolo do Leão. “Eu ficava meio sem graça no início. Ter este apelido de Dida era muito para mim. Além da responsabilidade, né? O perigo de ser comparado a um ídolo é grande, principalmente quando não correspondemos do jeito que esperavam. Mas gosto do apelido, não minto”, disse Caíque, que agora já pode sonhar em ser um Dida. E, depois da exibição no Ba-Vi de ontem, a torcida também acredita no novo Dida.
O destino parece gostar das comparações entre os dois. Assim como Dida, Caíque fez sua estreia no Ba-Vi. Em 1993, o goleiro Borges se machucou e um goleiro da base chamado Nelson de Jesus Silva entrou para se tornar ídolo no gol. Na época, Dida perdeu o clássico por 1x0, ao contrário de Caíque, que foi crucial ao substituir o machucado Fernando Miguel. Até a véspera do confronto, Wallace era o nome no gol, pelo menos para os mais desavisados.
“Eu já sabia que seria o titular desde terça passada. Então, resolvi me preparar em todos os sentidos, na parte técnica e no emocional. Eu precisava mostrar o serviço que o torcedor esperava de um goleiro revelado pelo clube. Acho que agradei...”, lembrou o goleiro de 1,98m, três centímetros mais alto que Dida.
Com 1,98 m, Caíque fecha o gol no Ba-Vi e é chamado de paredão pela torcida do Vitória. É bom Fernando Miguel abrir o olho... (Foto: Mauro Akin Nassor/Correio) |
Mantendo a tranquilidade no clássico, Caíque resolveu pensar no torcedor do Leão. Para ele, era preciso tranquilizar os rubro-negros que ainda não conheciam o atleta da base. “Estava tranquilo, mas precisava passar esta tranquilidade para o torcedor. Acho que fiz isto naquela defesa, no chute de Juninho. Mostrei meu cartão de visita. Depois deste clássico, estou preparado para qualquer outro jogo, amigo... Me chamaram de paredão!”, brincou.
Vencer o Bahia também teve um gosto especial na vida do goleiro de 18 anos. Até 2013, o atleta foi jogador do Bahia na base. “Fiquei no Fazendão entre 2009 e 2013. Porém, eles fizeram umas coisas comigo que não gostei e acabei aceitando a proposta de defender o Vitória. Não me arrependo do que fiz. Não digo que foi um sabor de vingança, mas teve um gostinho especial...”, completou Caíque.
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