A expectativa se tornou realidade. Como esperado, Cristiano Ronaldo ganhou o prêmio The Best, da Fifa, nesta segunda-feira (23), sendo coroado o melhor do jogador do planeta em mais uma temporada. O gajo faturou a honraria pela quinta vez na carreira, igualando o recorde de Lionel Messi como maior vencedor da história.
E o camisa 7 merece. Zinedine Zidane adotou uma estratégia que se mostrou muito certa ao longo da última temporada: o português não gostou muito, mas foi poupado de várias partidas e teve seu ano com menos minutos em campo pelo Real Madrid, entrando no rodízio do francês e sendo substituído muitas vezes.
No entanto, CR7 chegou inteiro, descansado e voando na reta final e decisiva de 2016/17, sendo fundamental para os Blancos conquistarem o inédito bicampeonato da Uefa Champions League e voltar a ganhar La Liga depois de cinco anos.
Outra mudança foi no posicionamento. Aos 32 anos, Cristiano Ronaldo não é mais garoto e, ao invés de jogar aberto pelo lado esquerdo, como foi na maior parte de sua carreira, o gajo atuou muitas vezes como centroavante na última temporada. A mudança surtiu muito efeito, com o atacante sendo crucial - e histórico - em momentos decisivos para o Real Madrid.
Como referência no ataque madrilenho, CR7 marcou dez gols em cinco jogos na reta decisiva da Champions, nos duelos das quartas de final contra o Bayern de Munique, da semifinal contra o Atlético de Madrid e na decisão contra a Juventus. Impressionante.
Vital nas conquistas da UCL e La Liga, decisivo e com feitos impressionantes, Cristiano Ronaldo merece o prêmio de melhor jogador do ano. Afinal, ele jogou muita bola e foi primordial em dois grandes títulos.
No entanto, existe um ponto interessante. Neymar fez uma boa temporada pelo Barcelona, tendo seus momentos de protagonismo e brilho, como no milagre contra o PSG pela Uefa Champions League, e, pra variar, jogou demais na Seleção Brasileira. Ele, porém, ficou mais uma vez aquém de CR7 e de Lionel Messi, que teve números superiores ao do gajo em 2016/17.
Messi viveu uma temporada na qual o Barcelona decepcionou. Não conseguiu o tricampeonato espanhol e foi eliminado nas quartas de final da Champions League pela Juventus. No entanto, o ano do argentino foi muito bom, ao ponto que o camisa 10 superou Cristiano Ronaldo em todos os quesitos.
É claro que o futebol não é feito apenas de estatísticas, mas não deixa de ser curioso que Messi, apesar da ausência de títulos - só venceu a Copa do Rei -, viveu uma temporada, nos números, melhor que o gajo. E apesar de não ser tão brilhante na maioria das grandes partidas (Neymar liderou a virada contra o PSG na Champions, e a Pulga sumiu contra a Juventus), o argentino foi fantástico na fase de grupos da UCL, artilheiro de La Liga e espetacular na vitória sobre o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, conquistada com um gol seu no último suspiro do clássico.
CR7 chegou mais longe, ganhou títulos importantes e foi decisivo, histórico e fenomenal nos momentos cruciais. Ele merece a Bola de Ouro e o prêmio The Best, mas o camisa 10 foi superior nos números.
Leia também:
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!