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Copa 2018: o que esperar dos dois jogos das semifinais

França e Inglaterra seguem atrás do sonho do bicampeonato

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Redação iBahia

09/07/2018 às 11:25 • Atualizada em 30/08/2022 às 1:57 - há XX semanas
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Neymar caiu e virou meme em todo o planeta. Mesmo jogando bem no segundo tempo contra a Bélgica, o Brasil também caiu. Apesar do golaço da sensação russa Cheryshev, os anfitriões perderam para a Croácia na disputa por pênaltis e deram adeus ao próprio Mundial. No único jogo em que decidiu abandonar a retranca total, a Suécia deu brechas e foi mais uma que ficou pelo caminho. E então eram quatro: enquanto Bélgica e Croácia lutam para derrubar camisas de mais peso em seus confrontos e alcançar pela primeira vez a glória mais alta do futebol, as rejuvenescidas França e Inglaterra seguem atrás do bicampeonato. É a reta final da Copa do Mundo.

  • França x Bélgica (ter, às 15h)

FRANÇA: Numa Copa do Mundo em que nenhum time mostrou um futebol estupendo e sem falhas, a jovem seleção francesa fez o dever de casa, com exceção da embaraçosa "partida de comadres" frente à Dinamarca, quando as equipes não tomaram a iniciativa do jogo, seguraram o placar, asseguraram suas posições no Grupo C e protagonizaram o único 0 a 0 do Mundial. Depois dos altos e baixos contra a Argentina, Les Bleus fizeram um jogo seguro para eliminar o Uruguai nas quartas. Contra a Bélgica, os franceses precisarão contar com o talento de Mbappé, Griezmann e Pogba. Mais atrás, Kanté e os zagueiros Umtiti e Varane terão seu primeiro teste contra um time ofensivo e mais equilibrado. Os bons laterais Pavard e Hernandéz também vão ter que ajudar para conter os avanços de Hazard, De Bruyne e Lukaku. É um duelo sem favorito.
Provável escalação (4-2-3-1): Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Hernández; Kanté, Pogba, Matuidi, Griezmann e Mbappé; Giroud.
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BÉLGICA: Apesar de ter jogadores de destaque em grandes clubes europeus em todas as posições, a seleção belga precisou ganhar do Brasil para que muitos por aqui finalmente se rendessem à qualidade de sua ótima geração. Depois do susto contra o Japão, o técnico espanhol Roberto Martínez resolveu realizar mudanças para as quartas de final. Sacou os atacantes Mertens e Carrasco, mais leves e habilidosos, para colocar o volante Fellaini e o meia Chadli, ambos altos e fortes. Essas modificações soltaram De Bruyne — um dos melhores meio-campistas de criação do planeta —, para azar da equipe de Tite, que ficou flutuando no ataque, ora como ponta, ora como falso nove, liberando Lukaku para cair pelos lados e armar contragolpes, como o que originou o segundo gol contra o Brasil. A Bélgica deve tomar esse caminho para encarar a França de igual para igual.
Provável escalação (3-4-3): Courtois; Alderweireld, Kompany e Vertonghen; Fellaini, Witsel, Chadli e Meunier; Hazard, De Bruyne e Lukaku.
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  • Croácia x Inglaterra (qua, às 15h)

CROÁCIA: Pelos jogadores que tem no papel, o time croata era um dos mais promissores para esta Copa. Mas não se deixe enganar pela classificação para as semifinais. Depois de jogos ruins e apáticos contra Dinamarca e Rússia — ambos vencidos em disputas de pênaltis — o técnico Zlatko Dalic provou que ainda não conseguiu transformar seus talentos individuais num coletivo coeso. Novamente recuado para a posição de segundo volante, Modric não rendeu e teve uma atuação apagada nas quartas de final. Se não encontrar um meio de fazer com que o camisa 10 do Real Madrid jogue o que sabe em harmonia com Rakitic, Perisic, Kramaric e Mandzukic, a Croácia — que, entre os semifinalistas, enfrentou os adversários mais frágeis nas fases eliminatórias — terá problemas para passar pela Inglaterra.
Provável escalação (4-2-3-1): Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic; Modric, Raktic, Perisic, Kramaric e Rebic; Mandzukic.
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INGLATERRA: Ainda uma obra em progresso, a jovem seleção inglesa tirou proveito de uma chave fácil para chegar às semifinais. Se mostrou falta de convicção ao modelo de jogo mais ofensivo e técnico que tenta implementar diante da Colômbia, os campeões mundiais de 1966 fizeram uma partida sem sustos contra a Suécia, na qual Henderson teve sua melhor atuação na Copa e Pickford subiu alguns degraus na escala de grandes goleiros do torneio. Caso jogue com calma e conte com um grande dia de Harry Kane e companhia, o time de Gareth Southgate pode chegar à final e adiantar em quatro anos a ambição do bicampeonato para esse time em formação.
Provável escalação (3-5-3): Pickford; Walker, Stones e Maguire; Henderson, Lingard, Dele Alli, Young e Trippier; Sterling e Kane.
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  • OS TRUNFOS

FRANÇA: Forte em todos os setores, a equipe de Didier Deschamps é para muitos a favorita ao título na Rússia. Mas quem pode fazer a diferença e levar Les Bleus ao segundo título mundial são os atacantes Griezmann e Mbappé. Com três gols cada, eles foram responsáveis por seis dos nove gols franceses na Copa até o momento. Com um Giroud apagado que ainda não marcou, a França dependerá muito dessa dupla para avançar à final.

BÉLGICA: Além de um goleiro do mais alto nível, como o Brasil pode ver na performance estelar de Courtois nas quartas de final, o principal trunfo belga é sua linha ofensiva, que mescla a habilidade e o poder de drible de Eden Hazard, a força e a técnica descomunais de Romelu Lukaku e a visão de jogo e os passes perfeitos de Kevin De Bruyne.

CROÁCIA: O camisa 10 do Real Madrid e o camisa 4 do Barcelona. Algum meio-campo precisa de mais credenciais do que estas? O problema é que, no esquema armado por Dalic, Modric e Raktic jogam mais recuados, como volantes. Se isso ajuda na saída de bola, também prejudica o passe final no ataque. Ambos atuam melhor por seus clubes, onde têm Casemiro e Busquests para cuidar dessa proteção à zaga, respectivamente. Ao lado de Mandzukic, são os jogadores que podem fazer a diferença para a Croácia.

INGLATERRA: Artilheiro do torneio com seis gols, Harry Kane é o grande centro-avante da Copa. Na reta final, os ingleses dependerão ainda mais de seu capitão para tentar repetir o feito de 1966. Para isso, ele precisará que Sterling, Lingard e, principalmente, Dele Alli desencantem para municiá-lo. Depois de uma atuação de gala contra a Suécia, o goleiro Pickford também mostrou que outro ponto forte da Inglaterra está sob as traves.

  • OS PROBLEMAS

FRANÇA: Sem Giroud, Griezmann não rende no comando de ataque, e o time não joga bem. Com Giroud, o time vence, mas o centro-avante não marca. Essa é a tônica da França com o atacante do Chelsea, que, se não é brilhante, sabe jogar com a bola nos pés e atua muito bem como pivô. Mas é difícil imaginar uma equipe campeã do mundo sem que o principal homem de área balance as redes. Outro ponto que pode ser decisivo é a zaga, que sofreu quando Les Bleus recuaram contra a Argentina.

BÉLGICA:
Outra seleção que encontrou muitas dificuldades quando decidiu se fechar atrás para segurar a vantagem, a Bélgica precisou contar com uma noite magnífica e a falta de pontaria do ataque brasileiro para chegar à semifinal. Apesar de ter ido bem contra Japão e contra o Brasil, o volante Fellaini é o elo mais frágil do meio-campo belga. Se estiver num dia inspirado, Mbappé pode dar muitos problemas ao jogador do Manchester United e à linha de três da defesa belga.

CROÁCIA: O principal problema da Croácia é a incapacidade de fazer um elenco experiente e capacitado jogar bem. É improvável que os croatas mudem o esquema a essa altura do campeonato, mesmo que ele tenha se mostrado incapaz de vencer times muito inferiores tecnicamente, como Dinamarca e Rússia. Muito recuados, Modric e Rakitic poderiam render mais atuando como jogam em seus clubes.

INGLATERRA: A inexperiência parece ser o grande calcanhar de Aquiles da Inglaterra. Dele Alli, principal esperança de criação do meio de campo dos ingleses, ainda não fez um grande jogo na Copa, apesar do gol de cabeça marcado contra a Suécia. Para passar pela Croácia, a Inglaterra precisará muito que o meia do Tottenham acorde, retome a boa forma e reencontre a química com seu companheiro de clube Harry Kane. Outra incógnita é o volante e líder Henderson, que teve atuação patética diante da Colômbia e fez uma partida quase impecável contra os suecos.


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