Conheça o novo presidente do Conselho Deliberativo do Bahia

Candidato derrotado na eleição presidencial, o radialista Antônio Tillemont comemorou uma vitória na eleição da nova diretoria do Conselho Deliberativo do Bahia, na noite de terça-feira. O grupo do qual faz parte, a Integridade Tricolor, fez a dobradinha de presidente e vice do órgão.

O economista Henrique de la Torre, 50 anos e coordenador de recursos humanos da Caixa Econômica Federal, é o novo presidente da corte, tendo o médico Arnaldo Mota como vice. Conselheiro em primeiro mandato, ele é visto pelas correntes que compõem o novo Conselho como um homem de perfil conciliador.

Henrique reforça que essa será sua função nos próximos três anos. "Prezo esse papel agregador. É um momento de diálogo, de progresso. O Bahia precisa unir forças e ter governabilidade. A eleição se encerrou às 17h do dia 13 de dezembro. Às 17h01, não tem partido, não tem grupo, não tem mais nada. O grupo são 100 pessoas e nós estamos lá pra representar o sócio do Bahia", afirma Henrique de la Torre.

A dupla eleita para a mesa diretora substitui Fernando Jorge Carneiro e Jorge Maia, respectivamente presidente e vice do Conselho na gestão Fernando Schmidt. A chapa Revolução Tricolor, embora tenha feito o maior número de conselheiros (29 dos 100), ficou sem representante na diretoria. O secretário será Moreno Borba, da Nova Ordem Tricolor. "Ficou em boas mãos. Henrique é um cara tranquilo, democrático", diz o conselheiro Mário Júnior, da Revolução Tricolor.

Salário - A primeira reunião do Conselho estabeleceu também que o presidente Marcelo Sant’Ana seja remunerado com salário equivalente a 69,9% do limite do poder executivo federal, recebido pela presidente Dilma Rousseff. Seu vice, Pedro Henriques, receberá 69,9% do que recebe o vice-presidente Michel Temer.

A partir de janeiro de 2015, a remuneração da presidente Dilma passará para R$ 30,9 mil. Ou seja, Sant’Ana receberá cerca de R$ 21,6 mil bruto. O valor se adequa ao determinado na Lei 12.868/2013 para que entidades desportivas sem fins lucrativos recebam recursos da administração pública. Pelo estatuto do clube, os dirigentes tricolores também terão dedicação exclusiva.

Outra deliberação do Conselho foi que o torcedor poderá voltar a se associar ao Bahia a partir de janeiro de 2015, em data que depende ainda de uma adaptação do sistema do clube para aceitar o novo modelo que será proposto, com quatro planos de sócio.

Os valores da mensalidade de cada plano não estão definidos, mas, de acordo como plano de gestão da atual diretoria, o mais barato custará R$ 10 e o mais caro R$ 200, com opções intermediárias de R$ 20 e R$ 40. Esses valores precisam da aprovação do Conselho para vigorar e serão postos em votação na próxima reunião, em janeiro. As novas associações estão suspensas desde setembro por causa das eleições presidenciais que ocorreram no último dia 13.