A primeira fase da Copa do Mundo da Rússia está chegando ao fim. Nesta quinta-feira (28), a fase de grupos do Mundial termina e dá lugar ao sistema de mata-mata a partir das oitavas de final. Mesmo com a competição em andamento, o fluxo de torcedores para a Rússia ainda é grande. Não é diferente com a torcida brasileira: o Brasil foi o terceiro país que mais comprou ingressos para o Mundial, atrás apenas da anfitriã Rússia e Estados Unidos. E não poderia faltar, é claro, a torcida baiana que estará espalhada pelo enorme território russo.
Movido pelo desejo de ver a conquista do hexa da seleção canarinho, o farmacêutico Felipe Feistauer Gomes, de 29 anos, reuniu um grupo de amigos para ir ao Mundial. Felipe e mais cinco integrantes do grupo vão sair do Brasil nesta sexta-feira, dia 29 de junho, e passarão por cidades como São Petesburgo, Kazam, Samara e Moscou.
"Eu e meus amigos sempre gostamos muito de futebol, desde criança. Claro que cada um com seus times, nós assistíamos aos jogos e com a seleção não poderia ser diferente. Em 2017, sem muita pretensão, começamos a lançar a ideia de ir para a Rússia acompanhar a Copa do Mundo. Foi quando eu descobri que as minhas férias iriam casar com a data da Copa, então a partir daí eu comecei a tornar isso mais real", conta Felipe sobre como surgiu a ideia de fazer a viagem.
"De setembro para dezembro de 2017, eu e outro amigo 'recrutamos' mais quatro amigos, ou seja, vamos com um grupo de seis pessoas. Em dezembro compramos a passagem e vamos por conta própria, sem auxílio de agência de turismo", completou.
O engenheiro eletricista, Moacir Cedraz, de 29 anos, é um dos integrantes do grupo que estará com Felipe na Rússia. Para ele, o Mundial é apenas um motivo para reunir amigos e viajar para fora do país. "É ótimo unir a paixão pelo futebol e poder viajar com meus amigos. É a nossa primeira viagem juntos e para mim isso pesa mais do que a Copa propriamente dita", afirma Moacir.
Quanto custa?
Para conseguir acompanhar a maior competição esportiva do mundo e ver os craques de perto é necessário estar disposto a tirar o dinheiro do bolso. Considerando passagens, hospedagens, ingressos e dinheiro para visitar pontos turísticos, o valor estimado pelo grupo é de aproximadamente R$ 18 mil.
"Compramos apenas dois jogos e já temos uma lista de alguns pontos turísticos importantes que queremos visitar nos horários vagos, principalmente em São Petesburgo e Moscou, que são as cidades que a gente fica mais tempo", conta Felipe.
Além do investimento feito, a organização da viagem fica complicada pelas distâncias entre as cidades russas e o idioma, já que na rússia o alfabeto utilizado é o cirílico e não o latino. E o que fazer, então, para se comunicar em solo russo?
"Pela dificuldade do idioma russo, pretendemos usar o inglês nas cidades e pontos turísticos. Quem sabe recorrer ao uso de mimicas e dar uma enrolada (risos) também. Além disso, estamos tentando aprender as palavras mais universais como 'obrigado', 'por favor' e 'banheiro'", disse Felipe.
Para Moacir, a tecnologia será uma aliada importante durante a viagem. "Tenho uma boa noção do inglês e pretendo usar as ferramentas tecnológicas, como o tradutor, para me ajudar lá na Rússia".
Rússia 0800?
Quem vai viver situação diferente é o administrador Alex Faria, de 49 anos, que terá a oportunidade de conhecer a Rússia sem gastar nada. Isso porque ele participou de uma promoção feita por uma marca de café e foi sorteado.
"Os participantes tinham que guardar as embalagens consumidas e depois de algum tempo, houve o sorteio pela loteria federal e uma das notas fiscais contempladas foi a minha. A promoção também dá direito a levar um acompanhante e o único amigo que tinha um passaporte com validade é o que vai comigo. O ganhador vai ter tudo pago, com direito a hotel três estrelas em Moscou para passar sete dias", conta Alex.
Torcedor do Bahia desde a infância e apaixonado por futebol, Alex acredita que o Brasil não será hexa esse ano. "Acho que o Brasil não chega na final. Meu palpite é que a seleção termina o Mundial em terceiro lugar", arrisca.
Além do futebol
É claro que neste momento de Copa, os olhares do mundo inteiro estão voltados para o futebol jogado na Rússia durante o torneio. Mas o período também oferece a oportunidade de conhecer uma nova cultura.
"A primeira palavra que vem na minha cabeça quando se fala em Rússia é 'Kremlin'. Sempre fui fascinado em conhecer o Kremlin. Como são poucos dias, montei um mini roteiro com alguns pontos turísticos e estou pensando em ir na Praça Vermelha, no Kremlin, na Catedral Basílica, museu do Astronauta e um prédio famoso de lá, chamado Mercury City Tower", disse Alex.
Com o hexa ou não, os torcedores baianos marcam presença na Rússia e aproveitam, além do futebol, para conhecer melhor a cultura local.
*Sob supervisão do editor-chefe Rafael Sena
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Redação iBahia
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