O dono e chefe executivo (CEO) do Grupo Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho é um empresário famoso no ramo das chamadas "bets" e defendeu a regulamentação deste ramo empresarial. O empresário é investigado da "Operação Integration", a mesma que prendeu na quarta-feira (4) a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, suspeita de participar do esquema. Contra ele, há um mandado de prisão em aberto na ação que investiga os crimes de lavagem de dinheiro e jogo ilegal. Segundo a defesa do empresário, ele vai se entregar à Polícia Civil (PC) de Pernambuco nesta quinta-feira (5).
A informação foi confirmada pela própria defesa do diretor da empresa, que é patrocinadora de diversos times de futebol, incluindo o Esporte Clube Bahia. "Ele (Darwin) se apresentará no final do dia e vai prestar depoimento", afirmou o advogado Ademar Rigueira, que representa o CEO da Esportes da Sorte, ao jornal O Globo.
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Além do Bahia, a Esportes da Sorte patrocina o Corinthians, Athletico-PR, Grêmio, Palmeiras, Ceará, Náutico e Santa Cruz.
No momento em que a operação foi deflagrada, na manhã de quarta-feira (4), Darwin estava fora de Pernambuco, por isso foi considerado foragido. De acordo com o advogado, o site de apostas está em conformidade com a legislação brasileira e informações já foram fornecidas no âmbito do inquérito.
O advogado do pai do CEO da Esportes da Sorte afirmou que o Darwin da Silva - também investigado e com mandado de prisão em aberto - não vai se entregar e aguardará a reversão do pedido de prisão.
CEO do grupo Esportes da Sorte não escolheu apostas esportivas por acaso
Interessado em futebol, Darwin quis unir o esporte aos objetivos profissionais. Em entrevista ao jornal O Globo, o empresário chegou a falar que a regulamentação das empresas de apostas seria um passo para que apenas as iniciativas livres de culpa seguissem existindo. "O mercado regulado vai fazer com que restem apenas as empresas de reputação ilibada e que adotam as melhores práticas, como compliance, prevenção a fraudes e a promoção do jogo responsável", disse ele.
Na época da entrevista, as empresas estavam a vias de entrar com pedidos de licença na Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda, para que pudessem operar em janeiro de 2025. A regulamentação proposta pelo Governo Federal estabelece novas regras para o recolhimento de impostas.
A partir do ano que vem, as empresas passarão a pagar 12% sobre o chamado GGR (Gross Gaming Revenue), que é o valor apostado por usuários sem considerar os prêmios pagos. Já os jogadores, passarão a pagar 15% de Imposto de Renda no caso de prêmios maiores que R$ 2,2 mil.
Darwin pediu autorização para a atuação do Esportes da Sorte e da Onabet, outra empresa que ele administra.
Darwin escolheu os clubes de futebol como "alvo" não só pela potência lucrativa deste ramo, mas também pela conexão com o esporte.
"A possibilidade de estreitar os laços com clubes de futebol e sua legião de apaixonados é uma grande oportunidade para qualquer empresa, particularmente para as casas de apostas esportivas cuja sinergia de oferta de serviços estará diretamente entrelaçada com o futebol", disse ele ao Globo.
O Esportes da Sorte é patrocinador de uma série de clubes de futebol, como o Bahia, Corinthians, Athlético Paranaense, Palmeiras (Feminino), Ceará, Santa Cruz, Náutico, ABC de Natal e Grêmio.
Redação iBahia
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