A fama repentina e a falta de estrutura familiar ou de acompanhamento psicológico podem levar um jovem "do céu ao inferno". O atacante Willie, 21 anos, do Vitória, é um exemplo que transitou pela famosa expressão.
Rótulos, comparações e expectativas fazem parte do mundo do futebol, principalmente quando se é apenas um garoto. "No Vitória sempre falavam que meu estilo parecia com o de Edilson. No Vasco, falavam muito do Dener também. Fico vendo vídeo no Youtube, às vezes, pra ver se parece mesmo", conta Willie.
O nível das comparações revela o lado promissor do garoto, marcado pelo futebol ousado e também por episódios de indisciplina, seja na Toca do Leão ou em São Januário, onde esteve emprestado em 2013.
Assim que foi promovido aos profissionais, o atacante se envolveu em brigas fora do clube, desentendimento com o treinador Carlos Amadeu no Brasileiro sub-20, em 2012, e, no Vasco, foi afastado por mau comportamento.
Agora, ele sinaliza uma mudança de postura. "Fico mais em casa agora, vou na igreja. Antes eu não tinha uma assistência familiar, agora já moro com minha mãe e vivo uma vida como atleta profissional. A ficha ainda não tinha caído", garante Willie.
Escalado como titular no jogo-treino contra a Jacuipense, sábado, ele está confiante em fazer uma boa temporada. "Acho que esse ano tem tudo pra ser bom pra mim. Venho com mais experiência. Pude jogar uma Série A no Vasco e pretendo recolocar o Vitória na primeira", diz. Antes da Série B começar (em maio), tem o Baiano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil.
A confiança passa pelo técnico Ricardo Drubscky. "Ele conversa com todos, titulares ou reservas. Soube trazer o grupo pra ele, gosta de dar oportunidade e tem mostrado um grande caráter. Era isso que o Vitória precisava".
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