Com problemas no ataque, Vitória segue em busca do camisa do nove

Quando divulgada a escalação, o Vitória resolveu se colocar de luto, já que o número referido também fora sacado do elenco. William Henrique, que vestiu a 9 no jogo anterior, ontem começou com a 31. Sem características de centroavante, ele não tinha que suportar tamanho peso, como não suportou também a marcação do Fluminense.

Após o empate em 0x0 no primeiro tempo, Robert foi chamado para o lugar do Pica-Pau. Carregando a 25 nas costas, viu as pernas pesarem quando teve a chance de empatar. Parecia que o tempo havia parado, tamanha a lentidão para driblar o zagueiro dentro da área. Facilmente foi desarmado.

Cabisbaixo, Robert não conseguiu ser a solução para o Vitória em sua estreia na temporada (Foto: Mauro Akin Nassor/Correio)

Sem mais opções, o domínio estéril se estendeu até o fim da partida. Nos dois últimos lances do jogo, até Fernando Miguel foi pra área tentar suprir, mesmo que momentaneamente, a carência. Mas a sofrência continua.

Cansado de tanto pedir, Vagner Mancini segue aguardando o tão esperado reforço. “A gente está atrás de um 9, não quero adiantar nada. Manoel Matos, Raimundo, o Anderson Barros estão lutando diariamente pra que isso aconteça, por isso a 9 já foi deixada de lado. Não tem muita coisa disponível no mercado, mas tenho certeza que, com calma, daqui a pouco ele vai chegar”, confia o treinador.

Até lá, Mancini vai se virando com o que tem. Para ele, o jovem Rafaelson, 18 anos, ainda não está preparado para assumir tamanha responsabilidade, enquanto Robert tem até maio para justificar a contratação no ano passado.

E para não passar despercebido, a falta do centroavante não é a única carência evidente neste início de temporada. Se a defesa do Fluminense de Feira segue sem ser vazada após quatro rodadas, a do Vitória preocupa o técnico. “Tivemos alguns erros na parte defensiva que venho cobrando que não pode acontecer. Isso fica nítido, não só eu percebo, como vocês e o adversário também”.