Neste sábado (22), a partir das 16h, não pode ter vaidade, política ou ego. No Barradão, só haverá espaço para torcedores e jogadores, e o assunto é um só: futebol. Na luta para se salvar da zona de rebaixamento, o Vitória enfrenta a Chapecoense.
A crise existe e é inegável. Fora de campo, o presidente Ivã de Almeida pediu afastamento por 90 dias. Seu vice, Agenor Gordilho, que cogitou deixar o clube por não concordar com o modelo de gestão de Ivã, agora assume interinamente. Além disso tudo, o técnico Alexandre Gallo foi demitido com menos de dois meses de trabalho. Um turbilhão. Mas nada disso pode chegar ao gramado.
Sob o comando do auxiliar técnico Flávio Tanajura, o Leão tenta recuperar suas forças para voltar a rugir e impor respeito na sua Toca. Atualmente na vice-lanterna do Campeonato Brasileiro, à frente apenas do Atlético-GO, o Vitória só conseguiu somar 12 dos 45 pontos disputados. O time é o pior mandante da competição, com apenas um triunfo em oito jogos diante do seu torcedor. A corda no pescoço está rente, apertada, mas ainda é possível se livrar dela.
E o interino está confiante para o jogo. “Apesar dessa turbulência toda, estou tranquilo. Eu sei do potencial da equipe que temos. Sei que temos plena condição de sair dessa situação. É hora de todo mundo se unir. Não dá para ter vaidade, nem ego. Já fui jogador. Sei que alguns ficam chateados quando saem do time, mas o foco agora é o Vitória. Temos que retomar o coletivo e deixar o individual de lado”, diz Tanajura, que não revela a escalação sob hipótese alguma.
Para mudar o cenário, a receita é simples e bastante manjada: fazer gols e segurar a onda na defesa. É aí que mora o perigo. Nas três rodadas passadas, o Vitória até conseguiu furar o bloqueio adversário e marcou quatro gols. O problema é que a defesa não acompanhou o ritmo e sofreu 11.
É necessário segurar a cozinha, como diz o bom baianês. Com a segunda pior defesa do Brasileirão, o rubro-negro sofreu 27 gols em 15 jogos. O lado bom é que não está sozinho nessa. Sabe quem, além dele, divide o posto com a mesma quantidade de gols sofridos? A Chapecoense. Chance de calibrar o pé e voltar a dar um pouco de orgulho a quem colore a arquibancada de vermelho e preto. Coisa rara, já que o time vem de três derrotas consecutivas e, em casa, não vence há cinco jogos. O único triunfo no Barradão foi no dia 11 de junho, 2x0 contra o Atlético Mineiro.
O QUE MUDA?
A boa notícia é que Flávio Tanajura terá um importante reforço para ajudar nessa missão. O zagueiro Wallace, que não encarou o Grêmio na rodada passada por questões contratuais, está de volta e formará dupla com Kanu. Fred, que também foi impedido de jogar, acabou vetado, com desconforto na coxa.
No gol, uma novidade surpreendente. Caíque, que estava atuando com a equipe sub-20 no Campeonato Brasileiro da categoria, vai ocupar a vaga de Fernando Miguel.
Por outro lado, o ataque sofre com a perda de David, que marcou dois gols nas últimas duas rodadas e está suspenso. Quem também recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora é o zagueiro Renê Santos, que vinha quebrando um galho na posição do volante Willian Farias, machucado. Fillipe Soutto, Bruno Ramires e Uillian Correia brigam para saber quem será o substituto.
Também está fora do jogo o lateral-esquerdo Thallyson, que machucou o joelho no treino da manhã de sexta (19). A intenção de Flávio Tanajura era dar uma nova oportunidade ao atleta, mas por causa da lesão, não será possível.
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Redação iBahia
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