Com dois gols, Dinei vai se firmando como referência do Leão

Um jogo é capaz de apagar toda a desconfiança ou raiva da torcida. Basta chegar lá e resolver a parada. Dinei é do estilo caladão, manteve a tranquilidade, evitou os microfones e utilizou 90 minutos para melhorar gradativamente sua imagem dentro do clube e também com a galera. O camisa 9 foi 9 quando mais o Vitória precisava dele.CONFIRA AQUI A CLASSIFICAÇÃO DO BRASILEIRÃOO gol do lanterna Náutico logo no início do jogo fez o Barradão suar frio. Mas quando Ayrton fez um cruzamento de cinema, Dinei subiu convicto de que poderia começar a virada no jogo e também na sua fase. Mais alto que o zagueiro, conseguiu testar firme no canto: 1x1.Leia mais Assista aos melhores momentos de Vitória 2 x 1 Náutico Ney Franco: "um jogo com grau de dificuldade enorme" Apesar da vitória, jogadores querem mais: "ainda não está bom" O tempo virou, o jogo seguiu difícil e quando o cruzamento, desta vez de Juan, veio por baixo, Dinei mostrou que tem recurso. “Juan deu a bola forte, tive que tentar um malabarismo com a perna esquerda e fui feliz”, narrou a letra que decretou a vitória rubro-negra por 2x1 sobre o Náutico. Alívio no Barradão, já que o Leão não sentia o gostinho dos três pontos há seis jogos. Seis também é o número de gols de Dinei no Campeonato Brasileiro. “Dedico ao grupo, que se dedicou ao máximo. Cansou depois por conta da maratona de viagens, mas foi na base da superação”, agradeceu ao invés de se valorizar. Se Dinei elogiou os companheiros, Ney Franco não poupou parabéns ao camisa 9 rubro-negro, que voltou a marcar após um mês. E não somente pelo faro com o nylon. “Encheu os olhos, mas não apenas pelos dois gols. Dando bote no goleiro, no zagueiro, o posicionamento. Foi coroado com a entrega, disciplina tática”, não economizou Ney. A bela atuação fez Dinei, certamente, voltar a firmar sua vaga de titular como centroavante do Vitória. Ele, que fez os rubro-negros delirarem com quatro gols no histórico Ba-Vi do 7x3, em maio, entrou numa seca nos últimos tempos. De titular absoluto, chegou a visitar a reserva na reta final de Caio Júnior no comando da equipe. Alemão não engrenou e ele voltou. Má fase afastada, agora é manter a regularidade, ponto que joga contra sua idolatria frente aos rubro-negros. Mais um contra o Vasco, quarta, ajudará muito na conquista.