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Veleiros vão colorir a Baía de Todos os Santos |
Desta sexta até domingo o Yacht Clube da Bahia sedia o Circuito de Vela de Oceano, que pela primeira vez acontece no mês de agosto. O evento terá participação do tricampeão mundial na classe J24 e bicampeão pan-americano Maurício Santa Cruz e do campeão olímpico Eduardo Penido, entre outros. Lars Grael, com duas medalhas de bronze olímpicas na classe Tornado em Seul 1988 e Atlanta 1996, também é presença certa no domingo.
Leia mais notícias de esporte na nossa página especial Comodoro da Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, Lars, atual campeão nacional da classe Star, vai velejar na última regata, mas antes, promove reunião para discutir uma estratégia de desenvolver a vela de oceano no Nordeste. Por telefone, Lars Grael conversou com o Correio* sobre seus planos e as perspectivas para 2016.
Qual a importância de concentrar eventos no Nordeste e o que propõe para a vela aqui? Fui um dos mentores para que o circuito de vela de oceano de Salvador passasse para agosto ao invés de janeiro, porque concorria com etapas olímpicas e pan-americanas. Em agosto, aproveitamos a baixa estação do turismo e criamos uma logística para o deslocamento pela costa com a sequência de provas como a Aratu-Maragogipe e a Recife-Noronha. Nossa proposta é unir as flotilhas da Bahia e Pernambuco e propor um calendário regional, incluindo Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Ceará e Maranhão, que têm calendários independentes, esvaziando uns aos outros.
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Lars Grael estará em Salvador neste domingo (19) |
No Congresso tramita uma proposta de alteração à Lei Pelé que limita a reeleição de dirigentes esportivos. O que pensa? Essa é uma bandeira que defendo com unhas e dentes. O esporte olímpico hoje é financiado com dinheiro público. Se um presidente da república não pode governar por mais de oito anos, como pode haver dirigentes no poder por quase 30 anos? Isso acontece porque são as federações que elegem e alguns déspotas, tiranos, se acham donos das entidades.
E o futuro da vela? Teremos mais medalhas em 2016? Depende de investimentos na base. Precisamos de uma política de educação. Medalha não se compra. Das 17 medalhas do Brasil (em todos os Jogos), 15 foram conquistadas por atletas do Iate Clube Santo Amaro, o clube de Robert Scheidt, e pelo Rio Iate Clube de Niterói, onde eu e meu irmão (Torben) começamos.
Matéria original: Jornal Correio* Circuito de Oceano inaugura esforço de reorganização da vela no Nordeste