Redação GoalDepois de recusar diversos convites para depor na CPI do Futebol, Marco Polo Del Nero se apresentou nesta quarta-feira. Assim que chegou, ele disse que tinha aceitado participar do interrogatório porque isso serviria para esclarecer questões importantes e mostrar que ele é inocente nas investigações sobre corrupção. Mas a estratégia do presidente licenciado da CBF não deu muito certo: ele foi atacado duramente pelos senadores, mostrou insegurança em diversos momentos, não soube responder muitas perguntas e só aumentou as suspeitas sobre ele.Presidente da CPI do Futebol, o ex-jogador Romário foi quem mais atacou Del Nero com perguntas contundentes. Quando seu interrogatório foi concluído, ele fez um pedido para Marco Polo: "você é uma das pessoas que mais fazem mal ao futebol brasileiro. Quero pedir em público que o senhor se retire da CBF, para que ela possa voltar a ser séria e ajudar o futebol brasileiro e principalmente a seleção. Infelizmente, você e seus aliados são o câncer do nosso futebol. É por causa de vocês que posso afirmar que nosso futebol está vivendo esse momento ridículo". As declarações confusas de Del Nero foram feitas sobre diversos assuntos. Quando analisou o momento do futebol brasileiro dentro de campo, ele admitiu o óbvio: "do jeito que está o Brasil vai ficar distante em relação ao mundo". Mas ao mesmo tempo pediu cautela e minimizou o histórico 7 a 1 sofrido contra a Alemanha: "temos que fazer algumas melhorias, mas não podemos dizer que é terra arrasada, que não serve para nada. O Brasil perdeu para a Alemanha na Copa, mas logo depois a Alemanha perdeu para a Argentina. E o Brasil foi jogar contra a Argentina e ganhou depois", argumentou.Sobre os bastidores e acusações de corrupção, as declarações foram ainda piores. Ao tentar se defender, Del Nero chegou a dizer que o FBI, a Anac e o Coaf mentiram sobre casos em que ele é investigado. Prometeu que vai provar tudo isso. Além disso, teve inúmeros momentos de "amnésia", em que não soube lembrar valores pagos por bens materiais ou até acontecimentos simples, como uma suposta ligação da mulher de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, no momento em que ele foi preso na Suíça, neste ano. Mas provavelmente a pior frase dele nesta tarde foi essa: "tenho certeza que a CBF não é terreno fértil para corrupção. Na CBF não tem corrupção. A CBF não faz nada errado, não tem caixa 2 e paga todos seus impostos".
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