Filho de imigrantes da Argélia, país que foi colônia francesa, Benzema aparentemente não se sente confortável com alguns trechos. "Se eu cantar o hino, não significa que vou marcar três gols. E se eu não cantar, mas quando o jogo começar fizer três gols, não acho que alguém vá dizer que eu não cantei a Marselhesa. Ninguém vai me obrigar a cantar. Mesmo alguns torcedores não cantam. Zidane, por exemplo, não cantava necessariamente", afirmou o atacante.
O hino é de 1792, quando a França estava dominada por exércitos estrangeiros que são repudiados na Marselhesa. Para alguns, no entanto, o verso que fala de "sangue impuro" pode ser interpretado como falando dos imigrantes e seus filhos, que na França atual são ameaçados pelo crescimento da extrema direita no país. O trecho diz: "Às armas, cidadaos/formai vossos batalhões/ marchemos, marchemos/ Que um sangue impuro/ banhe o nosso solo".
O protesto de Benzema foi muito discutido na França no ano passado. Jean Marie Le Pen, presidente de honra da ultraconservadora Frente Nacional, disse que o jogador não deveria mais ser convocado por se recusar a cantar o hino. Em 1998, o mesmo Le Pen defendeu que jogadores negros ou de origem árabe também não fosse chamados para a seleção francesa.
Além de Benzema e Zidane, outros jogadores também não se empolgam com a Marselhesa. Franck Ribery, cortado da Copa por lesão, cantava de maneira apática - a mulher dele também é argelina. Michel Platini, ídolo francês, já afirmou que nenhum de jogador de sua geração cantava o hino. Em campo, Benzema não marcou. A França empatou sem gols com o Equador. Matéria original: Correio24Horas Artilheiro da França não canta o hino em protesto contra xenofobia
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