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Apodi: "vou buscar meu objetivo, mas não quero ser vilão" |
Como esquecer das arrancadas em direção ao gol. Até as trapalhadas com a bola eram motivo de aplausos. Em 2007, Apodi deitou e rolou pela lateral direita do Leão. Alonso, Paga léguas, Ligeirinho, seja qual for o apelido, ele foi um dos personagens centrais do acesso à Série A, ao lado de jogadores como Jackson e Joãozinho. Mas, hoje, o camisa 2 está do outro lado.O vermelho da camisa virou branco e Apodi emprega sua correria no Ceará, último adversário do Vitória na caminhada à Série A 2013. Ainda assim, o lateral não vê a hora de retornar ao Barradão. “Vai ser uma alegria muito grande voltar onde tudo começou. Fui muito feliz na minha carreira e fiz grandes jogos naquele estádio”, recorda.Mesmo longe, Apodi não esquece do vermelho e preto, principalmente da torcida. “Tenho um carinho grande, um respeito pela instituição, pelas pessoas que lá trabalham. Pelos torcedores também, que sempre me apoiaram até nos momentos difíceis que a gente passou. Sempre estiveram do meu lado”, conta.O acesso em 2007 está bem fresco na cabeça do lateral-direito. Difícil esquecer a festa rubro-negra no jogo contra o Remo, 17 de novembro. “O último jogo em casa, a festa que fizemos até com participação de cantores famosos. Isso vai ficar sempre no meu coração”, falou ao lembrar da comemoração com Ivete e Daniela. As lembranças positivas não mascaram os momentos de dificuldade que Apodi passou na Toca do Leão. “O Vitória estava recomeçando, porque praticamente estava no fundo do poço, na terceira divisão. E a gente conseguiu deixar o Vitória na primeira divisão. Essa imagem vai ficar pra sempre na minha memória. Tenho uma paixão enorme pelo clube e pelo torcedor”. Daquele grupo, Apodi mantém contato com alguns jogadores e espera reencontrar os funcionários no sábado. “Tenho contato com Bida, Jackson e Índio. Joãozinho nunca mais eu vi, até já procurei falar com ele, mas não encontrei. Espero poder reencontrar toda essa galera que fez parte de uma história muito boa e muito difícil”, comentou. Um dos heróis do acesso em 2007, Apodi não quer virar vilão no sábado. Para alcançar a elite, o Leão precisa no mínimo empatar com o Ceará. Situação que deixa o jogador meio embaraçado. “Espero que não. Claro que vou pra lá pra buscar o meu objetivo, mas não quero ser o vilão. Vou procurar fazer o meu trabalho bem-feito. Vai ter o respeito, o carinho por tudo, mas dentro de campo, vou procurar fazer o meu trabalho”, frisou.
Trabalho - Por outro lado, fazer o trabalho não quer dizer que Apodi vá correr dobrado. “Ninguém entra pra perder. A circunstância é que faz com que você perca. Vou fazer o meu, mas sei que o Vitória é muito forte dentro de casa”. O time cearense não tem mais ambição nesta Série B. A diretoria do clube já dispensou 13 jogadores neste final de temporada. Até o goleiro Fernando Henrique, titular, está de férias antecipadas. Segura o pé, Apodi!
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