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Apesar de tensão política, Bahrein garante GP da F-1

Chefe executivo do circuito, Salman bin Isa Al Khalifa, filho do Rei Hamad, minimiza instabilidade na região

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09/04/2012 às 14:52 • Atualizada em 14/09/2022 às 1:59 - há XX semanas
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Conflitos políticos ameaçam realização do GP
Mesmo com a tensão política e os conflitos armados no Bahrein, o GP programado para o fim de semana de 20 a 22 de abril foi confirmado pelo chefe executivo do circuito, Salman bin Isa Al Khalifa, filho do Rei Hamad. Em entrevista ao jornal “The National”, dos Emirados Árabes Unidos, o herdeiro do trono garantiu a realização da prova, apesar dos protestos, com mortes e denúncias de violação de direitos humanos. Os xiitas, grupo majoritário no país, pleiteiam maior participação no governo sunita do Rei Hamad. Os manifestantes condenam a realização do GP de Fórmula 1 enquanto os conflitos não cessarem. "Este é nosso oitavo ano sediando a corrida e tudo está pronto e no lugar. As coisas estão chegando diariamente. A infraestrutura do paddock está pronta, as tendas estão sendo armadas e a tenda da Pirelli (fornecedora oficial de pneus da F-1) já está aqui. Tudo está pronto. É só uma questão de fazer os retoques finais", declarou. Apesar das garantias de Salman, ainda há uma grande desconfiança por parte das equipes em relação à realização do GP. De acordo com o jornal inglês "The Times", algumas escuderias, inclusive, compraram duas passagens aéreas para utilizar após o GP da China deste fim de semana: uma para levar os funcionários para o Bahrein e outra de volta à Europa, em caso de cancelamento. O herdeiro do trono afirmou que a prova deste ano não terá o mesmo destino de 2011, quando foi, primeiramente, adiada em razão da instabilidade política, e em seguida, cancelada. Salman ressalta que, na ocasião, a decisão da não realização da prova partiu dos próprios organizadores do GP. "Nós fomos os primeiros a levantar a mão ano passado e dizer que a corrida não iria acontecer e que precisaríamos focar na estabilidade do nosso país", lembrou. Recentemente, o chefe comercial da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, mostrou confiança na realização do evento, minimizando os conflitos recentes e afirmando que viajará para o país sem segurança pessoal. Salman afirmou estar em contato constante com o dirigente e destacou o apoio e confiança. "A FIA e Bernie nunca demonstraram dúvidas sobre a corrida. De fato, desde novembro, eles sempre disseram que a corrida iria acontecer e que eles iriam ouvir as pessoas no Bahrein", contou. Perguntado sobre pedidos de figuras do meio do automobilismo, como o ex-piloto Damon Hill, para a FIA repensar a realização do GP, Salman reconhece o receio, mas reafirma as condições de realização do evento. "Eu vejo que há medo. Mas só gostaria que as pessoas ouvissem quem tem a informação. Talvez não a gente, porque nós, como circuito, talvez não sejamos percebidos como voz objetiva, mas outras pessoas que conhecem a região e a situação e estão dizendo que a corrida deve acontecer", completou.

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