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Angioni: 3 anos no Fazendão, acesso, título, críticas e demissão

Diretor de futebol entregou cargo após o Bahia sofrer goleada histórica na primeira final do Baianão 2013: Vitória 7 a 3

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13/05/2013 às 19:21 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:42 - há XX semanas
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Paulo Angioni fez mais de 100 contratações no Bahia
Paulo Angioni chegou ao Bahia em abril de 2010. Ele veio para substituir Paulo Carneiro, ex-presidente do Vitória, que ficou no clube até setembro do ano anterior. Durante este intervalo, o ex-jogador e comentarista de futebol Eliseu Godoy trabalhou como superintendente de futebol, mas sem poderes plenos para contratar."Há algum tempo estávamos tentando trazer um profissional como Paulo Angioni e tenho muita confiança que essa contratação trará excelentes resultados para o Bahia", disse o presidente Marcelo Guimarães Filho, à época da contratação. Angioni havia trabalhado no Palmeiras, na era Parmalat, além de Vasco, Flamengo, Corinthians, era MSI, e Seleção Brasileira. Antes de acertar com o Bahia, estava em um projeto de resgate do Olaria."Estou muito motivado em encarar este desafio. O projeto do Presidente do Bahia é ambicioso e não sairia de perto da minha família se não fosse algo consistente e no que eu não acreditasse. Sei da força do clube e de sua torcida. Espero dar minha contribuição para restabelecer a vocação do Bahia, que é ganhar e disputar títulos”, disse Angioni, assim que chegou ao Fazendão, em 2010.O novo dirigente tratou logo de mapear o departamento de futebol para identificar falhas e promover ajustes. Falava pouco com a imprensa, vivia de bastidores. Em uma de suas entrevistas coletivas, criticou funcionários do próprio clube ao dizer que eles não tinham noção do real tamanho do Bahia. "O Bahia é um time grande, mas os seus funcionários pensam pequeno". Três anos e um mês depois, Angioni acumula de positivo o retorno à elite em 2010, após sete anos, e o título baiano em 2012. O dirigente atingiu o ápice em 2010, ano do acesso, quando montou um time com Adriano Michael Jackson, Morais, Jael e Cia. Em 2011, trouxe Ricardinho, Carlos Alberto, Jobson, mas eles não vingaram. Em 2012, trouxe Mancini, Zé Roberto e Kléberson e os problemas se repetiram. Em 2013, o Bahia entra em seu terceiro ano na Série A e os prognósticos são de que o time vai lutar contra o rebaixamento mais uma vez, como aconteceu em 2011 e 2012.
Ele era homem de confiança do presidente Marcelo FilhoZ
Justificativas - A massa tricolor endureceu as críticas contra o dirigente a partir do Brasileirão 2012. Com um time limitado, o Bahia brigou para não cair até a última rodada, embora tenha sido a quinta melhor equipe no returno do Brasileirão. "A gente contrata os jogadores, arma o time, mas às vezes não dá certo. Futebol é assim. Não é matemática, não é ciência exata. Mas tenho certeza de que vamos reagir. Precisamos de mais tempo, recuperar os jogadores lesionados. Vamos dar a volta por cima".Em outra fase, Zé Roberto desponta como um dos jogadores mais esforçados do elenco. Mas foi alvo da torcida desde a sua chegada, no início do ano passado. Diante das queixas, Angioni isentou-se da contratação de Zé Roberto justificando que ele foi um pedido da torcida do Bahia, aceito pela direção. Ao todo, Angioni trouxe 103 jogadores. As contas mostram que há um déficit acumulado, na balança entre receitas e despesas, de R$ 28,5 milhões nos últimos três anos. Foram cerca de R$ 10 milhões em 2010, depois R$ 18,5 milhões em 2011 e mais R$ 2 milhões no exercício passado - quando os clubes negociaram aumento significativo na receita de TV. As despesas do futebol incluem o pagamento de luvas e as rescisões de contrato, as viagens e o pagamento de jogadores, comissão técnica e funcionários. A folha atual da bola está em R$ 2,5 milhões/mês.Crise profunda - Na virada para 2013, o dirigente disse que a proposta era dar espaço para jogadores da divisão de base do Bahia e que as contratações seriam pontuais. Enquanto isso, o então técnico Jorginho bradava aos quatro cantos contra a limitação técnica do elenco e exigia reforços. A promessa de aproveitar as revelações não foi cumprida e as ditas contratações pontuais já passam de 15. Entre elas, Thuram, Magal, Pablo, Toró e Obina, todos contestados pela torcida.Por enquanto, 2013 é só vexame para o Bahia, eliminado na fase de classificação da Copa do Nordeste e com apenas três vitória no Baianão - mesmo com campanha pífia, o time chegou à final do estadual. O modelo de disputa do estadual 2013 foi bastante criticado por isso, principalmente pelos dirigentes de clubes do interior. Quanto aos clássicos, o Bahia perdeu os três Ba-Vis que disputou, dois deles de forma vergonhosa. Na inauguração da Arena Fonte Nova, no dia 7 de abril, o Vitória aplicou 5 a 1. No dia 28 do mesmo mês, venceu o Bahia novamente, mas por 2 a 1. No último domingo, o 7 a 3. Não bastasse isso, o Bahia perdeu para o Luverdense por 2 a 0, na Copa do Brasil, e precisa vencer por mais de três gols de diferença para seguir no torneio. Angioni não aguentou o 7 a 3 e pediu demissão, iniciativa prontamente atendida pela direção do Bahia. Mas nem sempre o Bahia esteve disposto a liberar o dirigente. Informações de bastidores dão conta de que Angioni já desejava deixar o clube, mas não tinha a aprovação do presidente, que fazia de tudo para manter o profissional. No início de 2012, o Flamengo levou Joel Santana e tentou colocar Angioni no pacote. Mas, após inúmeras tentativas, não houve acordo. O Grêmio também tentou a contratação, sem sucesso. Auxiliar do dirigente, André Araújo, dirigente que ficou famoso depois de receber um soco do atacante Jael, também deixa o clube. O técnico Joel Santana também acabou demitido. Foram sete jogos nesta sua terceira passagem - duas vitórias, duas derrotas e três empates. Auxiliar técnico de Joel, Eduardo Barroca, que comandou o time contra o Maranhão e a Luverdense, ambos na Copa do Brasil, também não sabe se fica. Leia maisApós goleada histórica, Joel se nega a conceder coletivaBamor deixa Fazendão, mas com lista de exigências; confiraCrise no Bahia: revoltada com 7 a 3, torcida invade o Fazendão

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