O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, declarou neste domingo (27) que a morte de 24 soldados paquistaneses era um "acidente trágico e involuntário". "Escrevi ao primeiro-ministro do Paquistão para deixar claro que a morte dos soldados paquistaneses era tão inaceitável e lamentável quanto a morte de soldados afegãos ou estrangeiros", afirmou em um comunicado. "É um acidente involuntário", acrescentou. O governo do Paquistão havia expressado neste domingo aos Estados Unidos sua "profunda indignação" após o ataque de forças da Otan no Afeganistão, liderada por tropas americanas, que causou a morte dos soldados. A crítica paquistanesa ante ao episódio foi transmitida durante uma chamada telefônica da ministra de Relações Exteriores, Hina Rabbani Khar, à secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.
"A chanceler expressou profundo sentimento de indignação do Paquistão à perda sem sentido de 26 soldados", afirma um comunicado do governo paquistanês. O ataque, acrescenta a nota, "mostra total desrespeito pelas leis internacionais e pela vida humana, e são uma clara violação da soberania paquistanesa". O Paquistão também exigiu que os Estados Unidos desocupem, dentro de 15 dias, uma base aérea usada para aviões americanos não tripulados. A exigência foi emitida no sábado após o bombardeio que matou soldados paquistaneses na fronteira com o Afeganistão.
Paquistão presta homenagem aos soldados mortos no ataque. |
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