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'O Bicentenário é Aqui': conheça história completa da Independência

Websérie produzida pelo iBahia contou história do 2 de Julho, do Recôncavo baiano à Salvador

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Redação iBahia

02/07/2023 às 6:00 - há XX semanas
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					'O Bicentenário é Aqui': conheça história completa da Independência
Foto: AHMS/Secult [disponibilizada no portal 2 de Julho]

É celebrado, neste domingo (2), 200 anos da Independência do Brasil na Bahia. Nessa mesma data, em 1823, as tropas portuguesas deixaram o país de vez, após longas batalhas em cidades baianas.

A luta da Independência começou em 17 de fevereiro de 1822, quando foi deflagrado na Bahia um movimento social e militar pela liberdade do Brasil. Cidades baianas de diversas localidades do Recôncavo foram fundamentais para garantir a vitória, entre elas Santo Amaro, Cachoeira, São Félix, Itaparica e também a capital baiana, Salvador.

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Ao longo da última semana, o iBahia divulgou cinco episódios especiais como parte da websérie 'O Bicentenário é Aqui', que narra a participação de cada uma dessas cidades para a conquista da Independência e as batalhas que marcaram o período. Veja abaixo a história completa:

Santo Amaro

No primeiro episódio da websérie, o destaque foi para Santo Amaro. A cidade guarda o primeiro o documento sobre a Independência, que registra o posicionamento dos baianos sobre o fato histórico.

"Santo Amaro tem a felicidade de ter o primeiro documento que registra o posicionamento baiano acerca da Independência do Brasil. Em 1822, os deputados baianos na Corte Portuguesa fizeram consultas às Câmaras de Vereadores da Bahia acerca do modo que esses municípios pensavam que deveria ser a forma de governo do Brasil", conta.

A cidade guarda a ata de 14 de julho de 1822. Cerca de 75 participantes da sessão da Câmara decidiram pela existência de um governo central, sob a regência do príncipe D. Pedro I, e com um poder constitucional.

"Esse documento de Santo Amaro capta um sentimento que está no Brasil. Não só na Bahia, no Recôncavo, mas no Brasil. Um pensamento progressista à época, democrático e bastante visionário. Então, Santo Amaro guarda isso e teve influência para as demais cidades que acompanharam depois", conta. Assista ao episódio completo:

Cachoeira

O segundo episódio deu destaque para Cachoeira, uma cidade central na história da Independência. Foi nela que os primeiros confrontos, que antecederam a liberdade do país dos portugueses, começaram.

O historiador Igor Almeida explica que para compreender a importância de Cachoeira na história da Independência, é preciso entender a posição geográfica da cidade e o confronto do dia 25 de junho de 1822.

"Em fevereiro ocorre uma rebelião na cidade de Salvador que contesta a nomeação de Madeira de Melo a comandante das armas da Bahia. Esse movimento se desloca até o Recôncavo, e se concentra em Cachoeira", explica.

Além disso, outro ponto de destaque é para a data de celebração do 2 de julho, que no caso de Cachoeira começa a festa já no primeiro dia do mês. No entanto, é data magna, o dia em que ocorreu o primeiro confronto armado desse processo de Independência, é considerada a mais importante para os cachoeiranos.

"Aqui, nós comemoramos o 25 de junho de 1822, que foi a primeira luta, o primeiro confronto desse processo de Independência", explica o historiador.

Assista ao episódio completo:

São Félix

São Félix foi outra cidade que, assim como Santo Amaro e Cachoeira, também contribuiu para a batalha contra os portugueses. No terceiro episódio da websérie, o historiador Fábio Batista conta que São Félix também esteve inserida na batalha de 25 de junho de 1822, em especial com os confrontos contra as canhoneiras, uma espécie de embarcação armada dos portugueses.

"Uma canhoneira, segundo a documentação, já se encontrava estacionada no Rio Paraguaçu desde o dia 10 de junho de 1822. Cachoeira, ao aclamar Dom Pedro imperador e defensor perpétuo do Brasil, deu início a um passo importante da Independência. E a reação veio de forma violenta por parte da canhoneira, que abriu fogo contra a população", contextualiza.

Outro destaque é para o simbolismo do 2 de Julho para a cidade, assim como para Cachoeira, o povo do Vale do Paraguaçu. Por causa do fato histórico, a data simboliza também a união entre os dois municípios. Assista ao episódio completo:

Itaparica

A Ilha de Itaparica foi muito importante para a conquista da Independência, em especial para as estratégias militares. No quarto episódio da websérie "O Bicentenário é Aqui", o pesquisador Augusto Albuquerque destacou que a participação da cidade foi involuntária, e que começou em 1822.

"A participação de Itaparica, involuntariamente, aconteceu um pouco antes. Em 10 de julho de 1822, como consequência dos atos da Câmara dos Vereadores de Santo Amaro, mas sobretudo dos episódios acontecidos em 25 de junho de 1822, em Cachoeira, Itaparica foi invadida pelas tropas portuguesas", conta.

O historiador explica ainda sobre a importância geográfica da Ilha para a estratégia militar.

"A Ilha de Itaparica é a maior Ilha da Baía de Todos-os-Santos e está situada exatamente no meio. Quem domina a Ilha de Itaparica, domina a navegação do Recôncavo Baiano", diz, ressaltando que na época não existiam estradas e que, por isso, dominar a navegação era fundamental.

O episódio também ressalta a participação de figuras históricas importantes que participaram do processo, como Maria Felipa. E conta a história de Dona Cassimelia Pedreira Barbosa, de 97 anos, que por muitos anos organizou a festa da Independência na cidade. Assista ao episódio completo:

Salvador

No último episódio da websérie, o foco é a capital baiana, Salvador. O historiador Sávio Roz destaca a Batalha de Pirajá, em 8 de novembro de 1822, como a mais significativa realizada em território baiano.

"A Batalha de Pirajá foi a mais significativa nesse sentido, porque foi a batalha onde houve a resistência da ocupação desse isolamento. Os brasileiros estavam ocupando a região e os portugueses precisavam dela desobstruída para poder receber esses alimentos vindos do Recôncavo", explica.

O historiador também fala sobre a participação de figuras importantes na batalha soteropolitana, como o General Labatut, que preparou as tropas para enfrentar os portugueses, e apresenta as personagens femininas que escreveram seus nome na história da conquista da Independência: Irmã Joana Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa. Assista ao episódio completo:

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