Tem crescido bastante, nos últimos anos, o Movimento Maker – uma extensão da cultura do "faça você mesmo" (tradução de "do it yourself", em inglês). O pontapé inicial ocorreu em 2005, com uma feira de fazedores criada pela Make Magazine, nos Estados Unidos, que reuniu mais de 250 mil pessoas. De olho no novo mercado que surgia, grandes empresas, como Samsung, Microsoft e Intel, iniciaram o desenvolvimento de tecnologia exclusiva para o público de fazedores.
De lá para cá, o Movimento Maker não apenas ganhou força, como também conquistou o espaço das escolas e de empreendedores, que se aventuram em nichos nos quais as grandes empresas demoram a entrar. A ideia básica da cultura maker é que qualquer pessoa está apta para construir, consertar, modificar, fabricar e desenvolver diferentes tipos de objetos e projetos com as próprias mãos, eliminando a necessidade de buscar terceiros para alcançar um objetivo.
O Movimento Maker prega que basta ter criatividade e ir atrás da tecnologia ideal para desenvolver um produto. Esta cultura ganhou ainda mais força com o surgimento de tecnologias como impressoras 3D e máquinas de corte, além de sistemas de software e hardware abertos e fáceis de programar.
Receita de sucesso
Se criatividade e tecnologia adequada formam uma dobradinha perfeita para a criação de novos produtos a preços mais acessíveis, está feita a receita de sucesso para montar um negócio. Foi assim que o Movimento Maker conquistou o empreendedorismo, e muitas startups surgiram com ideias inovadoras partindo exatamente deste ponto.
Muitas delas, inclusive, têm utilizado as impressoras 3D e incorporado essa tecnologia em suas rotinas criativas. A ferramenta é muito usada pelos empreendedores por ser fácil de manusear, principalmente quando já se está de posse de uma ideia inovadora. O equipamento aceita uma variedade de materiais, como nylon, prata e aço inoxidável. Além disso, há espaços makers compartilhados, que permitem a utilização de ferramentas e o convívio com pessoas da área. Nestes locais, também são oferecidos cursos, palestras e oficinas para capacitar novos fazedores.
Para quem não sabe em que tipo de negócio investir ou o que criar, uma sugestão é buscar inspirações na área, seja em revistas ou em feiras do movimento, como a Maker Faire. Atualmente, até mesmo no YouTube é possível encontrar inspirações que podem gerar boas opções de negócios.
Outro atrativo para os empreendedores é a oportunidade de criar um item personalizado, o que vai agregar valor à marca e aumentar a vida útil dos objetos. Em um mundo onde as coisas são produzidas em larga escala para atender as demandas de mercado, um produto com um toque mais humano e personalizado certamente terá espaço.
Benefício das Fab Labs
O nome pode parecer estranho, mas a utilidade e os benefícios desses espaços são incontáveis. Abreviação do termo em inglês “fabrication laboratory”, os Fab Labs são laboratórios de fabricação onde é possível apresentar o primeiro modelo de alguma invenção (prototipagens) de objetos físicos. Ele agrupa um conjunto importante de máquinas profissionais a um baixo custo.
Esses espaços são abertos a todos e não exigem qualificações ou certificados. Os Fab Labs surgiram no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 2001, mas ganharam o mundo juntamente com o Movimento Maker. Eles podem ser encontrados dentro de empresas, nas universidades ou em centros especializados dedicados aos profissionais. Em São Paulo, a prefeitura abriu alguns Fab Labs, estimulando a difusão da cultura maker para quem antes não tinha a oportunidade de ter contato com ela.
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Redação iBahia
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