|
---|
|
A sede do atual município de Santa Maria da Vitória teve origem nos meados do século XIX, num arraial formado na margem esquerda do rio Corrente, em território então pertencente ao município do Rio das Éguas, por pessoas que para ali ocorreram com o fito da exploração do ouro nas proximidades, dedicando-se depois à agricultura. Em 1840, viam-se apenas poucas casas, circundadas de frondosas gameleiras, em cuja sombra se abrigavam os que vinham fazer transações comerciais. Era naquela época, o porto frequentado constantemente por enjolos (canoas ligadas por travessas de madeiras), que se entregavam ao comércio, especialmente de rapaduras produzidas no Brejo do Espírito Santo, que em 1887 era Distrito de paz e do qual muito dependia o arraial em formação. Em 1850, um artífice, vindo da cidade da Barra do Rio Grande, construiu a primeira embarcação para transporte de mercadorias e animais. Foram construídas logo após outras embarcações e o arraial começou a crescer com a chegada de grande número de pessoas para as atividades agrícolas. A capela construída por seus fundadores foi dedicada a Nossa Senhora das Vitórias, ficando filiada à freguesia de Nossa Senhora da Glória do Rio das Éguas. O arraial cresceu de importância e transformou em porto de grande movimento comercial. Em 1.880, já um grande aglomerado humano para a época, foi o arraial do Porto de Santa Maria da Vitória, elevado a categoria de Vila e criado o município de Santa Maria da Vitória, pela Lei provincial número 1960 de 08 de junho que elevou a categoria de freguesia à capela existente, transferindo para aí a sede da Vila e da freguesia do Rio das Éguas. Com isto surgiu uma rivalidade entre as populações dos dois núcleos (Santa Maria da Vitória e Rio das Éguas), o que entravou por muito tempo o progresso de ambos os promissores centros, em vista das mudanças de sedes de uma para outra localidade, conforme situação política dominante. Só com o advento da República, cessou a rivalidade com a elevação de ambas localidades a sede de Vilas. Foi o município de Santa Maria da Vitória extinto pela resolução provincial número 2.558 de 14 de maio de 1886, que restaurou o município de Rio das Éguas. Pela resolução provincial número 2.579 de 04 de maio de 1888, foi restaurado, sendo extinto o do Rio das Éguas. Pela Lei Estadual número 737 de 26 de junho de 1909, que alterou o nome do município para Santa Maria, foi a Vila elevada a categoria de cidade. Pelo Decreto Estadual número 8060, de maio de 1932, a subprefeitura do Rio Alegre, então pertencente ao município de Carinhanha, foi extinto, passando o seu território a pertencer ao município de Santa Maria. O Decreto Estadual número 8.292 de 03 de fevereiro de 1.933, criou os Distritos de Inhaúmas e São Pedro do Açude. Este último foi extinto pelo Decreto Estadual número 8.483 de 13 de junho de 1.933. Na divisão territorial de 1933, o município aparece formado pelos Distritos de Santa Maria (sede), Rio Alegre, Inhaúmas e São Pedro do Açude. Essa composição distrital é mantida nas divisões territoriais de 1936, 1937 e 1938, com alterações apenas nas designações dos Distritos de Rio Alegre e São Pedro do Açude, cujos nomes foram simplificados para Alegre e São Pedro. Pelo Decreto Estadual número 141 de 31 de dezembro de 1943, parte do Distrito de Inhaúmas foi anexado ao município de Correntina (ex Rio das Éguas) e o município teve o seu nome mudado para Santa Maria da Vitória. Por esse mesmo Decreto Lei, os Distritos de São Pedro e Alegre, tiveram os nomes mudados para, respectivamente, Açudina e Coribe. A composição distrital do município, de acordo com a Lei Estadual número 628 de 30 de dezembro de 1953, é a seguinte: Santa Maria da Vitória, Açudina, Coribe e Inhaúmas. Atualmente o município é formado pelos Distritos Sede, Açudina e Inhaúmas. O gentílico dos nascidos no município é Santamariense. População estimada 2013: 41.824 Área da unidade territorial (km²): 1.966,842 Produto Interno Bruto (PIB): 224,800
Bioma: Cerrado
Clima: tropical semi-úmido