Depois de agitar o Colégio Estadual Thales de Azevedo quando participou do Projeto Fala Menina, em julho, a rapper paulista Preta Rara volta à Bahia, desta vez para uma roda de diálogo e lançamento do livro “Eu, empregada doméstica”. O lançamento será no sábado (26), às 16 h, no anfiteatro Mãe Stela de Oxóssi, na Casa Educar para Transformar (Fundação Hansen Bahia), espaço do Governo do Estado, na 9ª Feira Literária de Cachoeira – Flica 2019.
O primeiro livro de Preta Rara chegou ás livrarias dois anos após o surgimento da página da rapper, no Facebook, que tem o mesmo título. Na página, Preta Rara, 32 anos, relatou a própria experiência como empregada doméstica durante nove anos, em Santos, no litoral paulista, onde nasceu. Logo em seguida, começou a receber relatos de situações humilhantes vivenciadas por domésticas no ambiente de trabalho.
Editado pela Letramento, o livro traz relatos inclusive da mãe de Preta Rara que revelou vivências nunca partilhadas anteriormente, nem mesmo no ambiente familiar. Além da mãe, a avó de Preta Rara também foi trabalhadora doméstica. “Graças às políticas públicas eu consegui sair, pude estudar e virei professora de história”, disse a rapper que costuma se definir como produtora de conteúdo. No Brasil, 78.8% das trabalhadoras domésticas são mulheres negras.
O lançamento faz parte das ações da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM-BA) que estará com um estande, na Casa Educar para Transformar, para divulgação das campanhas de sensibilização contra a violência às mulheres e de combate à masculinidade tóxica. Nesse estande serão exibidos vídeos e distribuídos materiais informativos como folders e adesivos.
A SPM-BA levará também a Unidade Móvel do Programa Mulher Viver sem Violência para orientações às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. A Unidade Móvel ficará instalada na Rua Lions Club, próximo à Fundação Hansen.
Programação
As ações da SPM-BA na Casa do Governo começam na sexta-feira (25), com uma atividade em parceria com o coletivo Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras. A mesa Ofó Obirin Dudú (Palavra de Mulher Preta) reunirá três escritoras negras de Cachoeira: Aidil Araújo (autora de “Mulheres Sagradas”), Deisiane Barbosa (Refugos) e Rosane Jovelino (Patuá). O lançamento coletivo das autoras negras será às 17h, no auditório Tia Ciata, na Fundação Hansen, com mediação de Dayse Sacramento.
Em mais uma parceria com os Diálogos Insubmissos, a SPM-BA realiza o Slam Insubmisso de Mulheres Negras também na sexta (25), às 18 h, no anfiteatro Mãe Stela de Oxóssi. Sob o comando das slammers Negafaya e Ludmila Laísa, com participação da DJ Nai Kiese, o Slam Insubmisso premiará as três primeiras colocadas na competição.
A atividade consiste numa competição de poesia para mulheres e tem como propósito incentivar a participação de jovens da cidade, interagindo com escritoras e poetas que participam da Flica.
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Redação iBahia
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