Nepotismo e corrupção dominam debate entre presidenciáveis

Ocorreu nesta quinta-feira (16), mais um debate entre os candidatos à presidência do Brasil, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) realizado pelo SBT. Os presidenciáveis discutiram sem trégua durante todo o período do confronto, que mais uma vez ficou focado nos casos de corrupção em que ambos os partidos estiveram envolvidos. O primeiro bloco foi focado nas denúncias de corrupção e nepotismo. Aécio Neves focou mais uma vez no escândalo da Petrobras onde há um suposto envolvimento de membros do PT e afirmou ainda que o irmão da presidente, Igor Rousseff foi empregado na prefeitura de Fernando Pimentel (PT-MG), e segundo o candidato, recebia o salário, mas nunca apareceu para trabalhar, contrariando os argumentos da candidata sobre não ter parentes empregados no governo.

(Foto: Marcos Fernandes/ Coligação Muda Brasil)

Dilma aproveitou o momento das acusações à Petrobras para dizer que tem combatido a corrupção no seu governo. Na resposta, Dilma acusou os tucanos de "engavetarem os escândalos" e "escondê-los debaixo do tapete". Dilma então começou a lembrar dos tucanos envolvidos em corrupção que estão em liberdade. Aécio revidou lembrando dos petistas que já foram presos. No segundo bloco mais uma vez o assunto Petrobras foi destaque. Dilma questionou o candidato tucano sobre a reportagem que afirma que o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra (que morreu neste ano), teria recebido propina de Costa para suavizar uma CPI. Assim como nos debates anteriores, os candidatos pareciam seguir um script, e foi possível identificar perguntas e respostas já conhecidas pelos eleitores. Nos poucos momentos que discutiram propostas, os assuntos priorizados foram economia e segurança pública. Aécio criticou o aumento no número de homicídios no Brasil e em resposta a candidata do PT afirmou que a gestão vermelha foi a única que implantou uma política de combate à violência. Sobre a economia, Aécio acusou Dilma de ter permitido a alta da inflação. Já a presidente criticou a política supostamente excludente dos tucanos. No terceiro e último bloco Dilma alfinetou o candidato do PSDB após relembrar um caso em que Aécio foi pego em uma blitz da lei seca no Rio de Janeiro e se recusou a passar pelo teste do bafômetro "Parei numa lei seca e não fiz o exame. Me desculpei e me arrependi disso", respondeu o candidato irritado. Na hora de revidar Aécio pediu de Dilma que ela se atentasse a temas sérios no debate, como saúde e segurança. Já Dilma aproveitou o episódio para lembrar da importância da lei "O senhor passou por uma experiência. Ninguém pode dirigir sob efeito de álcool e drogas. A Lei Seca trouxe um bem para o país", completou ela. No final do debate os candidatos concederam entrevistas ao vivo. Durante sua entrevista a candidata Dilma Rousseff teve dificuldade para dar seguimento à sua linha de raciocínio porque se sentiu mal e precisou ser acudida pela repórter.