Enfrentamento, empoderamento, o poder da poesia e a força do movimento negro: essas são algumas das palavras que podem definir a sétima mesa 'Sobrevivências: a poesia frente ao mundo'. O debate realizado neste sábado (24), que deixou o claustro lotado, teve como convidados os poetas baianos Lande Onawale e Jovina Souza e como mediadora a também escritora Lívia Natália.
Durante a conversa, Jovina explicou como inicia o seu processo criativo. “Eu construo meu texto ouvindo, eu ouço corpos violentados, eu vejo corpos lutando, eu ouço meus antepassados. Essas vozes me pedem vida, me pedem registro, elas querem ser o poema e eu obedeço meus antepassados”, explicou.
O fortalecimento do movimento negro foi um dos temas que permeou os assuntos da mesa e, também, está presente na obra dos dois escritores baianos. “Se a pessoa se sente que é superior ao outro por sua cor de pele, essa pessoa é prisioneira”, pontuou Lande Onawale.
Ela também contou qual é o seu principal papel como escritor e poeta. “Minha obra é direcionada para fortalecer afetivamente as pessoas. Grande parte da nossa atuação é resguardar a nossa trincheira denominada afeto, a nossa intimidade, o nosso sentimento ”, disse.
Jovina pontuou ainda quais são as histórias que são contadas por ela em seus poemas. “A minha letra é de identidade levantada, valorizada, e isso é uma coisa que não abro meu no meu texto. Eu sou uma mulher negra, pobre, trabalhadora e na luta contra o racismo e estou sempre de pé”, enfatizou.
Mesa 7 - 'Sobrevivências: a poesia frente ao mundo'
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Redação iBahia
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